Comportamento de parasitismo de Acarophenax lacunatus e impacto de sua forésia em Rhyzopertha dominica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rocha, Silma Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Mestrado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3857
Resumo: Acarophenax lacunatus (Cross & Krantz) (Prostigmata: Acarophenacidae) é um ácaro parasitóide de ovos de algumas famílias da classe Insecta, podendo ser uma ferramenta complementar no controle de pragas de produtos armazenados. Este ácaro tem preferência por parasitar ovos de Rhyzopertha dominica (Fabricius) (Coleoptera: Bostrichidae), em cujos adultos realiza forésia, forma passiva de deslocamento. Estudos a respeito do comportamento são de fundamental importância para a compreensão de diversos aspectos da biologia de artrópodes; no entanto estudos mais detalhados a respeito do comportamento de parasitismo de A. lacunatus e de sua relação forética com R. dominica ainda são poucos. Desta forma estudou-se o comportamento de parasitismo de A. lacunatus em ovos de R. dominica, bem como sua relação forética com esse coleóptero. Para a realização deste trabalho foram feitos dois ensaios. O primeiro abordou o estudo do comportamento de parasitismo de A. lacunatus em ovos de R. dominica. O segundo ensaio foi realizado em dois testes: um para verificar se a forésia de A. lacunatus afetaria a iniciação de vôo de seu hospedeiro e o outro para averiguar se a carga forética prejudicaria o caminhamento do seu hospedeiro. No estudo do comportamento de parasitismo de A. lacunatus, o ácaro foi colocado em uma arena, juntamente com um ovo hospedeiro, sendo observado até o parasitismo. A partir destas observações, descreveu-se o comportamento de parasitismo com as seguintes categorias comportamentais: marcha exploratória inicial, marcha exploratória após o encontro do ovo e parasitismo propriamente dito. Para o teste da relação entre forésia e iniciação de vôo utilizou-se adultos não-sexados de R. dominica, com e sem ácaros foréticos. Estes coleópteros foram colocados em uma câmara de bioensaio que foi avaliada, em intervalos de 10 minutos, por uma hora, para verificar se os besouros que iniciaram vôo tinham ou não ácaros foréticos. Observou-se que a maior parte dos besouros que iniciaram vôo não tinha ácaros aderidos ao corpo. No teste da relação de cargas foréticas com o caminhamento de R. dominica, besouros contendo diferentes cargas foréticas (0, 2, 4, 6, 8, 11 e 23 ácaros/inseto) foram observados quanto à distância caminhada, ao tempo de caminhamento e o tempo sem caminhar. Besouros com cargas foréticas de dois, quatro e seis ácaros caminharam mais e ficaram menos tempo sem caminhar ao contrário do observado para besouros com cargas foréticas de oito, 11 e 23 ácaros, os quais tenderam a ter um padrão de caminhamento semelhante aos de besouros sem ácaros foréticos. Em conclusão, além de se verificar que há um padrão comportamental uniforme no parasitismo de A. lacunatus sobre ovos de R. dominica, verificou-se que a presença de ácaros foréticos esteve associada à baixa freqüência de iniciação de vôo do besouro, e que, dependendo da densidade de ácaros presos ao coleóptero, o caminhamento parece ser estimulado ou não afetado.