Extensão em assentamentos rurais no estado do Rio de Janeiro: a experiência da CEDRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lima, Diogo Pereira das Neves Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4151
Resumo: Este estudo objetiva descrever e analisar a relação entre extensionistas e assentados, focando os profissionais de uma cooperativa de trabalho que acessa políticas públicas, mais especificamente o Programa de Assistência Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES, direcionada exclusivamente a assentamentos, no caso estudado, no estado do Rio de Janeiro. Resgatando o histórico e a trajetória das políticas de Extensão Rural no Brasil, são exposto as disputas em torno da forma, do conteúdo e da função da mediação extensionista, assim como os conflitos que subjazem as diferentes concepções da ação extensionista e do desenvolvimento rural e sustentável. As novas referências teóricas e metodológicas da Extensão Rural, aliadas as diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – PNATER, ao qual a ATES se baliza, imprimem características complexas e contraditórias, por vezes aflorando conflitos nas diferentes concepções de mediação e de intervenção em assentamentos. Utilizando a literatura sobre mediação social e ação extensionista, acompanhado de tipos e formas assumidas da prática extensionista e suas respectivas referências pedagógicas se constrói o arcabouço teórico sobre a dinâmica que se desenha com a operacionalização da Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER em assentamentos atendidos pela Cooperativa de Consultoria e Projetos em Desenvolvimento Sustentável - CEDRO. Refletindo sobre temas presentes no cotidiano desta prática extensionista e assentamentos, especialmente sobre as formas e as conceituações sobre a participação, se baliza alguns critérios centrais da ação extensionista, com intuito de aprofundar e qualificar o debate sobre a intervenção em assentamentos rurais. O estudo tem como delineamento as premissas da Observação Participante, que apresenta a característica de utilizar o ambiente natural de interações como fonte de dados. Identificaram-se continuidades e descontinuidades ao longo do processo extensionista, expondo contradições e o alcance das práticas dos profissionais extensionistas em confronto com os ideais, propostas e normatizações e direcionamentos dos documentos e contratos que regulam a política do Programa de ATES. Buscou-se, ao identificar a inserção dos atores que interagem na ação extensionista, expor os dilemas e conflitos que subjazem um processo extensionista, com seus limites institucionais, ao direcionar os caminhos de uma ATER que se insira em uma dinâmica ampla e qualificada de reforma agrária.