Variabilidade genética e identificação do potencial enterotoxigênico de Staphylococcus spp. isolados de leite cru e queijo frescal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Viçosa, Gabriela Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5128
Resumo: O gênero Staphylococcus é constituído de inúmeras espécies patôgenicas, especialmente S. aureus, que estão frequentemente relacionados a surtos de intoxicação alimentar, principalmente em leite e derivados. Essa atividade patogênica se deve à capacidade de algumas cepas em produzir enterotoxinas termoestáveis. A detecção de S. aureus em alimentos é realizada através de métodos clássicos de cultivo, porém requer testes complementares, que visam a caracterização adequada do potencial patogênico dos isolados. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o potencial enterotoxigênico e determinar o grau de variabilidade genética de isolados de Staphylococcus spp.. A partir de uma coleção de microorganismos obtidos de leite cru e queijo frescal em um estudo preliminar, 89 isolados foram selecionados e submetidos à análises fenotípicas (produção de coagulase e termonuclease, perfil bioquímico e produção de enterotoxinas) e moleculares (macrorrestrição por SmaI, PCR para genes de enterotoxinas e sequenciamento de DNA). As análises de PFGE dos perfis de macrorrestrição por SmaI revelaram uma população altamente heterogênea. Dos 89 isolados, 15,7% dos isolados foram produtores de enterotoxinas clássicas. 21,4% dos isolados apresentaram resultados correspondentes entre a presença de genes e a detecção de enterotoxinas. 62,9% dos isolados apresentaram ao menos um dos genes de enterotoxinas clássicas, sempre em associações com os demais genes de enterotoxinas pesquisados. Todos os isolados apresentaram ao menos um dos genes de enterotoxinas pesquisados, em diversas combinações, com a ocorrência de 59 genótipos diferentes. sek foi o gene menos observado, enquanto sei esteve presente em 98,9% dos isolados. O locus egc foi detectado em 5 isolados, porém sua presença foi observada de forma incompleta em diversos isolados. O sequenciamento parcial do locus agr em 41 isolados revelou a ocorrência dos grupos agr I (68,3%) e II (31,7%). Não foram encontradas associações significativas entre grupos agr, perfis de genes de enterotoxinas, ocorrência do egc, perfis obtidos na PFGE e produção de enterotoxinas. As observações do presente estudo sugerem a ausência de marcadores idealmente correlacionados com a capacidade enterotoxigênica de isolados de estafilococos provenientes de amostras de alimentos, o que demanda a realização de outros estudos para compreender melhor a ocorrência dessas associações.