Produtividade de tubérculos e índices de nitrogênio em plantas de batata influenciados por fontes e doses de nitrogênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Leão, Armindo Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Doutorado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1202
Resumo: Os objetivos da tese foram: a) determinar o efeito de fontes e doses de nitrogênio (N) sobre índices de avaliação do estado de N na batata determinados na quarta folha e na planta; b) sobre a massa e número de tubérculos de batata; c) avaliar o efeito de doses de N aplicadas na forma de ureia sobre características morfofisiológicas da batateira; d) caracterizar e estabelecer índice para o prognóstico da produtividade de tubérculos em fase precoce do ciclo da planta; e) avaliar índices espectrais do dossel da batateira em resposta a doses e fontes de N, selecionar os mais apropriados para estimar o estado de N da planta e determinar o nível crítico dos índices selecionados. Foram conduzidos experimentos, com a cultivar de batata Ágata. O primeiro obedeceu ao delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 3, constituído de três fontes (sulfato de amônio, ureia e nitrato de amônio) e cinco doses (0, 50, 100, 200 e 300 kg ha-1) de N, com quatro repetições. Aos 21 após emergência das plantas (DAE), determinou-se o índice SPAD, peso da massa fresca e seca e teor de N na quarta folha completamente expandida, a partir do ápice das plantas. Foram avaliadas ainda nas plantas: caule (comprimento, quantidade, massa seca e fresca e teor de N); folha (número, massa seca e fresca, teor de N). Posteriormente, por ocasião da colheita, aos 90 DAE, foi avaliada a produção de tubérculos. O segundo trabalho foi realizado tendo como fonte a ureia, no delineamento em blocos casualizados, com cinco doses (0, 50, 100, 200 e 300 kg ha-1) de N e quatro repetições. Foram determinadas variáveis na quarta folha, aos 21 DAE. Essas variáveis foram aparência, pela aquisição da imagem da folha, características morfológicas (comprimento, largura, numero de folíolos), índice SPAD, massas frescas e secas, teor de N, além da produção de tubérculos no final do ciclo da cultura. O terceiro estudo teve como base a obtenção de dados espectrais, com a cultura instalada em campo, no primeiro experimento. Na época apropriada para decidir sobre a aplicação de nitrogênio em cobertura (21 DAE), foram estimados valores de 29 índices vegetação, com auxílio de espectrorradiometria do dossel das plantas. Foram obtidas medidas de refletância nos comprimentos de onda de 400 a 900 nm. Entre os 29 índices, foram selecionados cinco com base na significância do coeficiente de determinação (r2) da relação linear. Posteriormente foram estimados os coeficientes de correlação linear (r) entre cada um dos cinco índices selecionados com as variáveis determinadas na quarta folha e na colheita (índice SPAD, área, teor de nitrogênio e produtividade comercial de tubérculos), cujos valores foram adquiridos no primeiro experimento. Não houve efeito da interação (fontes x doses) sobre as variáveis. Houve efeito de fontes apenas sobre área foliar, massa seca e conteúdo de N nas folhas. Por outro lado, ocorreu efeito de doses sobre o índice de intensidade do verde (SPAD), análise visual (nota) e índices da planta (área foliar, comprimento, número de folíolos, massas da matéria fresca e matéria seca). A produção de tubérculos apresentou resposta de forma quadrática às doses de N, atingindo o valor máximo estimado da produção comercial de 47.920 kg ha-1 e 58.300 kg ha-1 com 185,25 e 186,6 kg.ha-1 de N, correspondentes ao primeiro e segundo experimento, respectivamente. A análise espectral do dossel da batateira demonstrou que na região do visível (400 a 700 nm) a refletância, aparentemente, seguiu a mesma tendência para os diferentes tratamentos de doses e fontes, com o comportamento típico da vegetação verde. De modo oposto, os valores dos índices hiperespectrais foram influenciados por dose de N, sendo que os índices NPCI, MCARI (705, 750) e NVID1 obtiveram maior grau de ajustamento entre os valores observados da refletância do dossel e doses de N. Independente da fonte, os índices MCARI (705, 750) e NVID1 aumentaram com o incremento das doses e o inverso ocorreu com o índice NPCI que diminuiu com o incremento das doses de N. Houve correlação significativa entre os valores daqueles índices com os valores das variáveis estudadas e com a produtividade comercial de tubérculos. O valor considerado crítico ou apropriado do índice NPCI variou de 0,28 a 0,29 e do índice MCARI (705, 750) variou de 127,0 a 128,0 sendo ambos apropriados índices para avaliar o estado de N da planta no momento de decidir a necessidade de aplicar nitrogênio em cobertura na cultura da batata.