Hormônio folículo estimulante (FSH-p) em protocolo de sincronização da ovulação de fêmeas de bovinos mestiças (Bos taurus indicus x Bos taurus taurus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Oliveira, Fabrício Albani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5673
Resumo: Objetivou-se avaliar a utilização do hormônio folículo estimulante (FSH-p) em protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) quanto à dinâmica folicular e taxa de prenhez em novilhas mestiças púberes e em vacas mestiças cíclicas e em anestro. No estudo com novilhas, foram utilizados 138 animais em experimentos com delineamento inteiramente casualizado. No experimento I, avaliou-se a dinâmica pelos protocolos: Tcontrole (n= 11 novilhas) dia 0, inserção de dispositivo intravaginal de progesterona (Primer®) mais aplicação (IM) de 2 mg de benzoato de estradiol (Estrogin®); dia 8, retirada do Primer® e aplicação, IM, de 0,150 mg de PGF2&#945; (Prolise®); dia 9, foi aplicado (IM) 1 mg de benzoato de estradiol; dia 10, a IA foi realizada entre 48 e 54 horas após a retirada do Primer®; TFSH (n= 11 novilhas) similar ao Tcontrole, sendo que, no dia 8 administrou-se 15 mg de FSH-p (Folltropin®). Os exames ultrassonográficos foram realizados nos dias 0, 8, e no dia da IATF e até a determinação da ovulação pela ausência do folículo dominante. No experimento II, avaliou-se a taxa de prenhez em protocolos similares, diferindo pelo número de animais: Tcontrole= 55 novilhas e TFSH= 61 novilhas. No estudo com vacas, utilizaram-se 220 fêmeas para avaliação da dinâmica folicular e taxa de prenhez em vacas mestiças cíclicas e em anestro distribuídas em dois experimentos similares ao estudo com novilhas. Em ambos experimentos, o delineamento foi fatorial 2x2 (protocolos de sincronização da ovulação e ciclicidade das vacas). No experimento I, avaliou-se a dinâmica pelos protocolos constituídos de vacas cíclicas (Tcíclicas, n=23), e em anestro (Tanestro, n=22) e dois protocolos similares ao do experimento I das novilhas: 1) Tcontrole - 22 vacas; 2) TFSH - 23 vacas. Contudo, a distribuição estabelecida nas vacas foi: Tcíclicas+Tcontrole (n=11 vacas), Tanestro+Tcontrole (n=11 vacas), Tcíclicas+TFSH (n=12 vacas), Tanestro+TFSH (n=11 vacas). Os exames ultrassonográficos foram realizados em esquema similar ao experimento I das novilhas. No experimento II, a avaliação da taxa de prenhez das vacas foi por tratamentos similares ao experimento I, diferindo pelo número de animais: Tcíclicas+Tcontrole (n=28), Tanestro+Tcontrole (n=55), Tcíclicas+TFSH (n=29), Tanestro+TFSH (n=63). Todos os dados foram analisados no programa SAS versão 9.0 (2002), a 5% de probabilidade. No estudo com novilhas, não foi verificada diferença (P>0,05) na taxa de crescimento folicular, sendo de 1,21 e 1,93 mm/dia para as novilhas do Tcontrole e TFSH, respectivamente. Não houve (P>0,05) efeito do tratamento para diâmetro do maior folículo no dia 10, sendo de 9,47 e 10,27 mm nas fêmas do Tcontrole e TFSH, respectivamente. A administração do FSH-p em protocolo de sincronização da ovulação não afetou a taxa de ovulação (81,82%, P>0,05). No entanto, as novilhas do TFSH apresentaram taxa de prenhez superior (50,82%) às do Tcontrole (30,91%;P<0,05). No estudo com vacas, não houve efeito (P>0,05) dos protocolos de sincronização, da ciclicidade das vacas e da interação desses fatores para taxa de crescimento folicular (1,08±0,12 mm/dia), intervalo da retirada do dispositivo de progesterona e da IATF à ovulação (57,26±0,78 e 9,26±0,78 horas, respectivamente). Não houve interação (P>0,05) de nenhum dos efeitos avaliados (tratamento, ciclicidade, dia de observação) para diâmetro do maior folículo (10,15±0,44 mm). Não houve interação (P>0,05) dos efeitos principais para taxa de ovulação e prenhez e nem do efeito dos protocolos. As taxas de ovulação e de prenhez foram maiores (P<0,05) para as vacas cíclicas (91,39% e 54, 39%), em relação às em anestro (63,64% e 24,58%). Conclui-se que a administração de FSH-p em protocolo de sincronização de ovulação, em novilhas e vacas mestiças, não apresentou diferenças marcantes nos padrões avaliados para dinâmica folicular, mas proporcionou eficiente incremento da taxa de prenhez das novilhas. As vacas cíclicas apresentaram taxa de prenhez satisfatória, independentemente da administração do FSH-p.