Avaliação da resposta imune de camundongos BALB/c imunizados com o peptídeo SBm7462®, anti Rhipicephalus (Boophilus) microplus, expresso em plantas (Arabidopsis thaliana)
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5065 |
Resumo: | Os prejuízos causados pela infestação de Rhipicephalus (Boophilus) microplus tem sido estimada em bilhões de dólares nos países tropicais e subtropicais. As formas de combate mais utilizadas para este ectoparasita são baseadas principalmente no uso de químicos acaricidas. Buscando uma forma alternativa para o controle do parasita, foi desenvolvida a vacina sintética anti R. (B.) microplus (SBm7462®). A vacina sintética SBm7462® contém três epitopos imunogênicos (4822, 4824 e 4823) derivados da proteína Bm86. Análises genéticas demonstraram que o fragmento correspondente a SBm7462® é conservado em populações R. (B.) microplus de diferentes regiões na América do Sul. Contudo, a produção desta vacina em escala industrial tornaria seu custo muito elevado. Assim sendo, formas alternativas de produção estão sendo desenvolvidas. A utilização de plantas como bioreatores para produção de proteínas heterólogas é uma metodologia muito atrativa, visto que as plantas transgênicas constituem um dos sistemas mais econômicos para produção de proteínas em escala industrial. O objetivo deste trabalho foi estudar a resposta imunológica de camundongos, imunizados oralmente com Arabidopsis thaliana transgênicas, que expressam o peptídeo recombinante rBm7462. Para isso, sementes transformadas em um trabalho anterior foram cultivadas até a quinta geração. Após confirmação da produção do peptídeo, 0,5g de folhas das plantas transformadas foram administradas oralmente a camundongos BALB/c, por três vezes (intercaladas por 3 semanas); assim como também 200μL de extrato de proteínas totais solúveis, inoculado por via subcutânea. Após 9 semanas, durante as quais foram feitas coletas sanguíneas dos animais, semanalmente, estes foram eutanasiados para a coleta dos linfonodos e íleo. Os resultados demonstraram que não foi possível detectar níveis de IgGs anti-rBm7462 em camundongos imunizados oralmente com folhas de plantas transgênicas expressando o peptídeo rBm7462, como também em camundongos imunizados com extratos de proteínas totais solúveis das mesmas plantas, quando a metodologia ELISA indireto foi utilizada. Contudo, os linfonodos dos animais imunizados apresentaram alterações microscópicas relacionadas à resposta imunológica e marcações, através da técnica de imunohistoquímica, para o peptídeo rBm7462. Estas observações levaram a conclusão que a dose de antígeno oferecida aos animais foi sub-antigênica o que pode ter estimulado mecanismos de tolerância ao antígeno. O que torna necessário um ajuste nas doses oferecidas aos animais. Sementes utilizadas derivadas da linhagem 2FN possibilitaram a obtenção da quinta geração de plantas transformadas, indicando que o gene seq2, responsável pela síntese do peptídeo rBm7462, provavelmente encontra-se em homozigose. O que indica a estabilidade genômica dele e a viabilidade em se produzir o antígeno em plantas transgênicas. |