Estudo do impacto dos requisitos de sombreamento estabelecidos no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) no desempenho termoenergético e luminoso de edificações residenciais
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Planejamento e Avaliação do Espaço Construído Mestrado em Arquitetura e Urbanismo UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2198 |
Resumo: | Em meio a um cenário energético mundial, onde é crescente a busca pela eficiência energética, novas normas, regulamentações e o uso de proteções solares têm sido importantes aliados, como o Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R), que apresenta um indicador de eficiência das proteções solares, somb . Considerando o indicador como foco deste trabalho, tem-se como objetivo avaliar as indicações de eficiência das proteções solares do RTQ-R, sob o aspecto de conforto térmico e luminoso em uma unidade habitacional (UH) multifamiliar representativa da cidade de Viçosa (MG). O método foi composto por:a) levantamento de campo para obter características construtivas e com medição das variáveis ambientais térmicas (temperatura de bulbo seco TBS, temperatura radiante Tr e umidade relativa UR) e luminosas (iluminâncias) dos ambientes de permanência prolongada da UH (sala e quartos) ocupada e ventilada naturalmente; b) modelagem do caso base (CB), que consiste na UH sem proteções solares; c) modelagem dos casos referência (CB acrescido de proteções solares conforme RTQ-R) e das alternativas de simulação (CB acrescido de diferentes tipos de proteções solares de acordo ou não com os conceitos de bioclimatologia); d) simulação térmica e luminosa dos três grupos de casos modelados pelo programa EnergyPlus e Daysim, respectivamente. Os dados obtidos pela calibração da UH estudada foram analisados estatisticamente por meio dos índices de viés médio (viesM) e erro quadrático médio (EQM). Observou-se que as variações destes índices no modelo térmico os níveis sazonais e por ambiente foram maiores do que os da UH, sendo a maior redução encontrada no EQM da UR, em 1%. Já na calibração luminosa, realizada por meio de uma avaliação prévia das iluminâncias medidas e simuladas, foi comprovado que os EQM elevados, ao fim da calibração, foram decorrentes da radiação solar nos dias de medição ser consideravelmente superiores à radiação do arquivo climático usado na simulação, o que permitiu admitir um caso calibrado com EQM relativamente elevado, no qual houve uma redução de 15,79% do EQM, em relação ao caso base. Pelas simulações térmicas, foram feitas análises do número de horas em conforto térmico e desconforto (por frio ou calor). xviiComo principais resultados, verificou-se que as horas de desconforto por calor foram mais sensíveis às proteções solares; a relevância das proteções solares recomendadas pelo RTQ-R foram confirmadas por quantificação, mas não foi identificada correlação entre a variável somb do RTQ-R e o número de horas em conforto térmico. Para a simulação luminosa, considerou-se um intervalo de adequação visual entre: 100 lx e 2000 lx, uma vez que valores superiores a este geram desconforto visual por ofuscamento. Como resultados, identificou-se que as proteções solares dos casos de referência reduziram o desconforto visual por ofuscamento, porém aumentaram o nível de escurecimento durante o dia, e não foi encontrada correlação entre somb e as horas em adequação visual, não sendo, portanto, esta uma variável adequada para descrever as condições de iluminação natural em ambientes residenciais. |