Relação solo-vegetação em gradientes na zona de tensão ecológica Norte de Minas Gerais e Centro-Sul da Bahia Brasil

• Ano de defesa: 2012
• Autor(a) principal: Moura, Vitor Moreira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa; BR; Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática; Mestrado em Botânica; UFV
• Palavras-chave em Português: Florestas estacionais; Serra do Espinhaço; Ecótonos floresta-savana; Seasonal forests; Espinhaço; Forest-savanna ecotones; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA
• Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2548

O principal objetivo deste trabalho foi examinar a natureza dos ecótonos florestasavana em paisagens do extremo Norte de Minas Gerais e Centro-Sul da Bahia, localizadas em um contexto de tensão ecológica entre domínios fitoecológicos. Mais especificamente, verificar quantitativamente se as propriedades químicas e físicas da camada superficial dos solos destes ambientes encontram-se correlacionadas com as variações observadas na composição e estrutura das comunidades vegetais. As áreas de estudo foram alocadas ao longo de duas toposequências, a primeira na Serra do Espinhaço em Mato Verde (MG), com o ecótono Floresta Estacional Decídua - Cerrado s.s. Campo Rupestre Quartzítico a segunda na Serra do Monte Alto em Candiba (BA), com o ecótono Floresta Estacional Decídua Floresta Estacional Semidecídua - Campo Cerrado . Verificou-se que os gradientes estudados são marcados por descontinuidades abruptas entre diferentes fitofisionomias florestais e savânicas em escala de centenas de metros, as mudanças agudas na estrutura e composição florística, são acompanhadas, na maioria das vezes, de alterações fundamentais nas condições edáficas. Em geral um pequeno número de espécies destacou-se quanto aos parâmetros estruturais considerados em cada área amostrada. É clara a distinção estrutural na transição entre as fisionomias abertas e florestais, com aumento significativos na Altura e Diâmetros médios e na riqueza de espécies. A análise de similaridade florística em cada uma das localidades demonstram alta dissimilaridade entre as formações florestais e savânicas, e revelam forte heterogeneidade interna. As análises de ordenação utilizadas permitiram concluir que tratam-se de gradientes longos, onde há a distinção de grupos de espécies/parcelas bastante discretos. Conclui-se que os grupos de parcelas/espécies amostradas em fitofisionomias florestais encontram-se relacionadas aos ambientes com maior disponibilidade de nutrientes e maior CTC, com maiores teores de argila e matéria orgânica em relação às fisionomias abertas. Estes ambientes também contam com solos mais profundos, e maiores proporções das frações silte e argila que as áreas de Cerrado, o que indica maior capacidade de retenção hídrica e de suporte de comunidades com estrutura mais complexa. Por outro lado, o grupo de parcelas/espécies relacionados à fisionomia Savânica apresenta solo superficial com elevada acidez, elevado Alumínio trocável, menor teor de Matéria Orgânica e disponibilidade de nutrientes.