Decomposição e liberação de nutrientes de resíduos vegetais em sistemas agroflorestais, no sul do estado do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pinto, Vinícius Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9289
Resumo: As regiões tropicais concentram grande biodiversidade natural. No entanto, a agricultura convencional, não incorporou essa biodiversidade aos seus processos produtivos. Sistemas Agroflorestais (SAFs), são sistemas produtivos que buscam consorciar, pelo menos um componente arbóreo aos cultivos agrícolas. Esses sistemas contribuem para melhor produção de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes, essenciais para garantir a sustentabilidade na agricultura tropical. Buscando contribuir para o conhecimento acerca da ciclagem de nutrientes em SAFs, este trabalho avaliou a decomposição e liberação de nutrientes por resíduos vegetais de cafeeiro (Coffea arábica), ingá (Inga sp). e bananeira (Musa sp.) em sistemas agroflorestais no Estado do Espírito Santo. O estudo foi desenvolvido em duas propriedades rurais de agricultores familiares em Alegre-ES. Foram utilizados litterbags preenchidos com diferentes misturas de material vegetativo das três espécies citadas. Os litterbags foram levados a campo para avaliar a liberação de nutrientes (N, P, K, Ca e Mg) e redução de massa seca a cada 60 dias durante um ano. Para a liberação de N, houve diferenças entre os tratamentos, sendo que, aqueles que continham ingá apresentaram os maiores teores. O nutriente que se disponibilizou mais rapidamente foi o K com liberação rápida até os 180 dias. Em relação ao Ca e Mg, ocorreu imobilização em todos os tratamentos. O P tem sua mineralização efetiva a partir dos 180 dias. Já o nitrogênio, apresenta tendência a mineralização a partir dos 300 dias. Pelos baixos níveis de P presentes no solo do SAF2, as podas se mostraram importantes para incrementar a ciclagem deste elemento evitando assim que grande parte dele fique imobilizada nos tecidos do ingá. A combinação de espécies de mais rápida decomposição e liberação de nutrientes, com aquelas de decomposição mais lenta é importante para um fluxo mais contínuo de nutrientes, podendo garantir maior aproveitamento da adubação mineral.