Potencial da madeira Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage visando à produção de celulose Kraft

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Alves, Isabel Cristina Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3031
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade tecnológica da madeira de Eucalyptus benthamii para produção de celulose kraft. Suas características foram comparadas com as de um híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla que é, provavelmente, o clone mais plantado no Brasil e, portanto, de grande importância no setor nacional de celulose e papel. As características avaliadas na madeira foram a densidade básica, composição anatômica, dimensões das fibras e composição química. Foram realizados cozimentos em escala laboratorial onde se avaliou o teor de álcali efetivo no licor residual, o rendimento depurado e a viscosidade da polpa celulósica. As polpas foram branqueadas pela seqüência OD(EP)DP, a uma alvura final de 90±1% ISO, sendo, depois, refinadas e testadas suas propriedades físico-mecânicos e ópticas. A madeira do Eucalyptus benthamii apresentou estrutura anatômica bastante semelhante às outras espécies do gênero e, ainda, densidade básica e dimensões das fibras dentro dos parâmetros dos clones de Eucalyptus utilizados atualmente pela indústria nacional de celulose e papel. Do ponto de vista de constituição química, o Eucalyptus benthamii demonstrou possuir qualidade tecnológica inferior à do híbrido urograndis, pois apresentou maiores teores de extrativos e de lignina, menor teor de glucanas, maior teor de galactanas e menor relação S/G, características que possivelmente contribuíram para o menor rendimento em polpa apresentado pela espécie. Durante a deslignificação com oxigênio a polpa do Eucalyptus benthamii obteve maior ganho de alvura e maior queda do número kappa, entretanto apresentou menor seletividade. A diferença entre as viscosidades iniciais das polpas marrom e pré-O foi reduzida após o branqueamento. A madeira do Eucalyptus benthamii demonstrou ser menos atraente para a produção de celulose, pois proporcionou menor rendimento depurado, menor viscosidade e requerendo maior carga de álcali no cozimento. Entretanto, após branqueamento e o refino as desvantagens foram minimizadas, uma vez que as polpas apresentaram comportamentos bem semelhantes, inclusive para as propriedades físico-mecânicas das polpas.