Ozonização: uma estratégia para remoção de resíduos de agrotóxicos em alimentos
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Agroquímica analítica; Agroquímica inorgânica e Físico-química; Agroquímica orgânica Doutorado em Agroquímica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/225 |
Resumo: | O uso indiscriminado de agrotóxicos e a não observância dos períodos de carência faz com que alguns ingredientes ativos sejam detectados em concentrações acima do limite máximo de resíduo (LMR) em diversos alimentos. Neste contexto, há uma necessidade de se estudar a dissipação de resíduos de agrotóxicos em alimentos em função da aplicação do produto comercial, bem como desenvolver estratégias para remoção ou redução de resíduos de agrotóxicos que permanecem nos alimentos, após a colheita. Os tratamentos utilizando ozônio vêm sendo estudados como alternativa para descontaminação de alimentos, nos últimos anos, por apresentar uma série de vantagens como, por exemplo, o alto potencial de oxidação do ozônio mesmo em baixas concentrações. O presente trabalho consta de três partes. Na primeira parte a técnica de extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura (ESL/PBT) foi otimizada e validada para a determinação de difenoconazol em amostras de morango por cromatografia gasosa com detector por captura de elétrons (CG/DCE). O método apresentou valores de recuperação ! 98%, repetitividade com coeficientes de variação " 15% e limite de detecção de 9,0 μg kg-1. O método foi aplicado para a determinação da dissipação de resíduos difenoconazol em morango após múltiplas aplicações do produto comercial. Os resultados mostraram que ocorre uma dissipação rápida do fungicida, mas que a concentração residual aumenta após múltiplas aplicações. Na segunda parte deste trabalho, o efeito da aplicação de ozônio na redução de resíduos de difenoconazol em morango e a qualidade dos morangos ozonizados foram avaliados. Morangos contaminados com o produto comercial contendo difenoconazol foram expostos ao gás ozônio, nas concentrações de 0,3, 0,6 e 0,8 mg L-1, durante 1 h. Os tratamentos com ozônio reduziram até 95% dos resíduos de difenoconazol nos morangos. Algumas características desses frutos foram monitoradas durante o armazenamento a 4 °C por 10 dias. Alguns parâmetros como pH, perda de massa e diferença total de cor não foram significativamente (p > 0,05) alterados. A fumigação com ozônio afetou significativamente (p < 0,05) os parâmetros sólidos solúveis, acidez titulável e ácido ascórbico (vitamina C), impedindo a queda acentuada dessas características durante o armazenamento. No terceiro capítulo avaliou-se a remoção de clorotalonil de amostras de uva pela imersão das frutas em água destilada borbulhada com ozônio. Essa estratégia permitiu a remoção de 60% do clorotalonil da casca e da polpa das uvas, independente da concentração de ozônio borbulhada. Entretanto, a qualidade dos frutos armazenados a 1 °C por oito semanas foi alterada em função do tratamento. O tratamento das uvas com ozônio na concentração de 3 mg L-1 alterou a maioria dos parâmetros de qualidade avaliados. Já o tratamento das uvas com ozônio a 2 mg L-1 manteve a qualidade dos frutos por um período maior que as uvas controle (sem tratamento com ozônio). |