Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Antonio Policarpo Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10320
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Resumo: |
Os objetivos deste trabalho foram simular estruturas de dados similares às condições reais observadas em rebanhos bovinos em relação a heterogeneidade; comparar os resultados das análises que consideram ou não a presença da heterogeneidade; quantificar o real efeito da heterogeneidade sobre a avaliação genética e seleção de touros, vacas e progênies, além de verificar a relação entre heterogeneidade e conexidade genética dos dados. Foram simulados vários conjuntos de dados formados por 75 touros, 3750 vacas e 7500 progênies, distribuídos em 15 rebanhos, por intermédio do programa Genesys (EUCLYDES, 1996). Quatro estruturas de heterogeneidade foram simuladas: rebanhos com heterogeneidade para todos os parâmetros tanto genéticos quanto fenotípicos - RHTP; rebanhos com médias genéticas similares e demais parâmetros heterogêneos - RMGS; rebanhos com heterogeneidade fenotípica - RHF e rebanhos sem heterogeneidade - RSH. Os rebanhos foram agrupados em três níveis: alta, média e baixa variabilidade. Foram simulados quatro graus de conexidade genética entre os níveis de variabilidade: 0%, 20%, 40% e 100% de conexidade genética (CG-0, CG-20, CG-40 e CG-100). Os arquivos de dados foram utilizados em análise de característica única que não considerava a heterogeneidade. Também, efetuou-se análise de características múltiplas, onde a produção em cada nível de variabilidade foi analisada como uma característica diferente, considerando- se, portanto, a heterogeneidade. As estimativas de variância genética e herdabilidades foram subestimadas para a estrutura de dados RHTP, mesmo nas análises de características múltiplas e para conjuntos de dados com alto grau de conexidade. Para as estruturas de dados que não apresentavam heterogeneidade para médias genéticas (RMGS, RHF e RSH), estas estimativas foram próximas dos valores simulados. Os valores genéticos preditos nas diferentes estruturas de dados foram comparados com os valores genéticos verdadeiros, através das correlações de ordem e de Pearson. Para RHTP, estas correlações foram inferiores a 50%, exceto para os valores genéticos de touros com 100% de conexidade entre os níveis de variabilidade. Para RMGS e RHF, as correlações foram altas e próximas às obtidas para dados sem heterogeneidade (RSH). Valores baixos para as correlações de Pearson indicam baixa acurácia na predição dos valores genéticos, enquanto baixas correlações de ordem indicam que a ordem de classificação dos animais com base nos valores genéticos preditos e verdadeiros é diferente. Conseqüentemente, classificados, animais com menor incorretamente, entre os valor animais genético poderão geneticamente ser superiores, prejudicando a eficiência da seleção. A heterogeneidade de média genética entre rebanhos prejudicou a acurácia da predição dos valores genéticos de touros e, principalmente de vacas e progênies, mas a heterogeneidade para outros parâmetros, não influenciou a avaliação genética dos animais. A análise de características múltiplas não foi eficiente para eliminar os problemas da heterogeneidade sobre a avaliação genética e o grau de conexidade dos dados influenciou os resultados das análises, apenas quando os rebanhos tinham médias genéticas heterogêneas. Assim, verificou-se que o problema da heterogeneidade sobre as avaliações genéticas é devido, basicamente à presença de médias genéticas diferentes entre rebanhos. |