Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Natalícia Aparecida Máximo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28677
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Resumo: |
Nesta dissertação, analisamos as perspectivas teóricas e práticas da Educação de jovens e adultos na legislação brasileira após os anos 2000 tendo como referência o pensamento de Paulo Freire (1921-1997), com a finalidade de estabelecer algumas aproximações e limites entre ambos. Considerando que na perspectiva freiriana a educação é problematizadora, política e dialética, objetivando a conscientização do sujeito frente a sua realidade, observa-se que a construção da política pública de educação é orientada não somente por projetos de governos, mas também por mobilizações/provocações sociais-populares que influenciam na sua implementação. O problema de pesquisa partiu do princípio de que as políticas de Educação de jovens e adultos possuem viés de formação técnica para o trabalho e/ou para a formação humana como proposta de inserção social e emancipação dos sujeitos. Compreendemos com essa pesquisa que nem sempre as dimensões unitárias da formação estão presentes nas políticas, sendo estas por vezes expressões de demandas imediatas com viés técnico, de movimentos sociais, empresas e o mundo dos negócios. Por vezes, elas se expressam de modo dialético, incorporando não apenas as tendências imediatas mas a perspectiva de formação do sujeito para o que Paulo Freire reconhecia como formação da consciência no seu tempo. A pesquisa teve como metodologia a análise crítico-interpretativa das perspectivas de formação técnica e humanística presentes na política de EJA, tendo como base empírica os documentos Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA, com ênfase no Parecer 11/2000 e na resolução CNE/CEB/2000 onde identificamos maior priorização de acesso à estudantes jovens e trabalhadores à escolarização/qualificação. A análise contemplou ainda as aproximações e limites entre as políticas mencionadas e o pensamento freiriano, sob as perspectivas das relações entre a formação técnica e humanística. Para isso utilizamos como embasamento teórico as discussões de Paulo Freire da Pedagogia do Oprimido(2016) e Cartas a Guiné Bissau: registros de uma experiência em processo (1978). Depois das análises concluímos que, às vezes, na redação dos textos de diretrizes e normas usa-se uma tentativa de acolhimento das ideias e propostas de inclusão promovidas por Paulo Freire em toda sua obra. Entretanto, na construção e idealização dessas políticas, logo, na prática, permanece o conservadorismo que não leva em conta as especificidades do sujeito jovem e adulto trabalhador. Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Políticas de EJA. Paulo Freire. Educação e Política. |