Composição química e atividades biológicas dos óleos essenciais de espécies de Anacardiaceae, Siparunaceae e Verbenaceae
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Agroquímica analítica; Agroquímica inorgânica e Físico-química; Agroquímica orgânica Doutorado em Agroquímica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/213 |
Resumo: | Determinou-se a composição química dos óleos essenciais das Verbenaceae: Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Pers., Lippia brasiliensis (Link) T. Silva, Lippia sp., Lantana camara L., Lantana trifolia L. e Lantana montevidensis (Spreng.) Briq. Os óleos essenciais foram extraídos por hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger e suas constituições químicas foram determinadas por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Foi avaliada a atividade antimicrobiana desses os óleos. Observou-se que os óleos essenciais das espécies Aloysia virgata, Lippia brasiliensis, Lippia sp., Lantana camara, Lantana trifolia e Lantana montevidensis, coletadas em Minas Gerais, possuem constituição química variada e compostas em grande parte por substâncias sesquiterpênicas. É possível observar um padrão referente às concentrações relativas dos constituintes majoritários em relação aos gêneros das plantas estudadas. As plantas do gênero Lippia apresentam maior concentração de (E)-cariofileno que de germacreno-D, enquanto as plantas dos gêneros Lantana e Aloysia apresentam maior concentração de germacreno-D em relação ao (E)-cariofileno. Observa-se também que o óleo da espécie Lippia brasiliensis possui ligeira alteração de constituição ao longo das estações, apresentando maiores concentrações de constituintes oxigenados durante o período frio e seco do ano. Para as espécies Lippia brasiliensis, Lantana camara e Lantana trifolia, os óleos extraídos das flores apresentam maiores concentrações de constituintes monoterpênicos que os óleos extraídos das folhas. O óleo extraído das folhas da espécie Lantana camara não apresentou atividade contra as bactérias estudadas. Os óleos extraídos das folhas das espécies Aloysia virgata, Lippia brasiliensis, Lantana trifolia e Lantana montevidensis apresentaram atividade moderada contra as cepas de bactérias Gram-positivas B. cereus e S. aureus. Apenas o óleo extraído das folhas da espécie A. virgata foi ativo contra a bactéria Gramnegativa E. coli. Para os óleos extraídos das Anacardiaceae Anacardium humile Engl., Anacardiumoccidentale L., Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng., Myracrodruon urundeuva Allemão, e Schinus terebinthifolius Raddi, observou-seque as constituições químicas foram bastante distintas. Os óleos das espécies A. humile e A. occidentale não apresentaram atividade contra as bactérias estudadas. Os óleos das espécies A. fraxinifolium, M. urundeuva e S. terebinthifolius apresentaram atividades moderadas contras as cepas de bactérias utilizadas. A época de coleta da espécie S. terebinthifolius altera a atividade antibacteriana do óleo essencial extraído de suas folhas. Os óleos das espécies A. fraxinifolium, M. urundeuva e S. terebinthifolius, e o monoterpeno δ-3-careno provocam aumento na peroxidação de lipídeos emcélulas de bactérias. A atividade antibacteriana do óleo de M. urundeuvapode estar relacionada com a alta concentração do monoterpeno δ-3-careno. Os teores obtidos no período de maio de 2009 a maio de 2010 para o óleo essencial de Siparuna guianensis permaneceram entre 4,5 e 7,0%. O período de menor rendimento do óleo, setembro a novembro, é coincidente com o período fenológico em que as plantas passam por uma desfolha natural drástica. Dois constituintes, o monoterpeno α-terpinoleno e o álcool sesquiterpênico α-bisabolol, representaram, em conjunto, cerca de 80% do óleo durante todo o ano. Em geral, o composto α-bisabolol promoveu maiores zonas de inibição das bactérias E. coli, B. cereus e S. aureus, que o óleo essencial. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) demonstram que o óleo de S. guianensis e o padrão comercial de α-bisabolol inibiram o crescimento das cepas de bactérias testadas em concentrações expressivamente baixas (8 – 63 μg mL-1). O acúmulo de aldeído malônico (MDA) indica que os danos pró-oxidantes, que resultam na peroxidação de lipídeos, estão provavelmente relacionados como os mecanismos de ação antibacteriana destes óleos essenciais. A CIM contra os fungos Candida albicans, Criptococcus neoformans, Trychophyton rubrum e Aspergillus fumigatus indicam que o óleo de S. guianensis inibiu o crescimento das cepas de fungos em concentrações reduzidas, principalmente para o fungo Criptococcus neoformans (16 μg mL-1). Os óleos das espécies A. fraxinifolium, M. urundeuva e S. terebinthifolius apresentaram atividades fitotóxica contra o crescimento inicial das radículas de sorgo e pepino. A ação fitotóxica do óleo de M. urundeuva pode estar relacionada com a alta concentraçãodo monoterpeno δ-3-careno. O acúmulo de aldeído malônico (MDA) nas radículas de pepino e cebola indicam que os óleos e o monoterpeno δ-3-careno promoveram aumento da peroxidação de lipídeos. Os níveis de peroxidação foram semelhantes para os óleos e o padrão de δ-3-careno nas radículas de pepino, porém, para radículas de cebola, os óleos essenciais apresentaram efeito superior ao monoterpeno. |