Indústria e complexidade econômica: uma análise das mesorregiões brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Beatriz Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22537
Resumo: Um dos temas mais controversos e em destaque na literatura econômica nacional atualmente é o da desindustrialização brasileira. Há a corrente contrária à tese e a favor. Dentre aqueles a favor, as consequências possivelmente perniciosas da chamada desindustrialização precoce ou reprimarização da economia são discutidas. Economistas estruturalistas consideram a indústria o motor do crescimento econômico e, por isso, a desindustrialização precoce teria consequências negativas para o crescimento. Este trabalho objetivou contribuir para a discussão desse processo sob uma ótica inovadora, a abordagem do Product Space. Através dela foi possível realizar inferências a respeito das consequências do processo de desindustrialização da economia brasileira. Além disso, outra característica do trabalho ainda pouco explorada na literatura, é a desagregação dos dados para uma análise regional do problema. A desagregação por mesorregiões é inédita dentro do escopo dos trabalhos sobre a desindustrialização brasileira. Concluiu-se que, apesar da perda de participação da indústria de transformação, os setores de baixa intensidade tecnológica têm crescido e ganhado participação em todas as regiões brasileiras. A análise da complexidade econômica deixa claro que a economia brasileira está passando por uma mudança estrutural que beneficia os setores primários e as indústrias tradicionais, pouco sofisticadas. Isso mostra que o estoque de capacidades produtivas brasileiro vem caindo, o que pode acarretar consequências negativas para o crescimento econômico. A análise de discriminante, confirma as características negativas desse processo, associando a complexidade à maior renda das mesorregiões. Políticas industriais e de desenvolvimento regional devem levar em conta essas considerações, de modo que as localidades desenvolvam atividades rumo ao centro do espaço de produtos.