Otimização de técnicas de determinação da digestibilidade in vitro para a substituição da digestibilidade in vivo no cálculo do escore químico corrigido pela digestibilidade protéica – PDCAAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Pires, Christiano Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8791
Resumo: O presente trabalho teve como objetivos determinar a digestibilidade in vivo, ajustar equações para a determinação da digestibilidade in vitro por meio de diferentes métodos e verificar qual método desenvolvido para a digestibilidade in vitro apresenta maior correlação com a digestibilidade in vivo, além de determinar o Coeficiente de Eficácia Protéica (PER), a Razão Protéica Líquida (NPR), o teor de aminoácidos, o escore químico de aminoácidos (EQ) e o escore químico de aminoácidos corrigido pela digestibilidade protéica (PDCAAS). Foram utilizadas as seguintes fontes de proteína: carne de rã sem osso, carne de rã com osso, carne de rã mecanicamente separada (CMS), carne bovina, ovo em pó, caseína, trigo, milho, soja convencional, soja isenta de inibidor de tripsina Kunitz e de lipoxigenases (soja KTI - LOX - ), proteína texturizada de soja (PTS) e feijão. Os valores de digestibilidade in vivo variaram entre 71,76% (soja convencioanal) e 93,37% (rã sem osso), em que as proteínas de origem animal apresentaram maiores valores que as de origem vegetal. Carne de rã sem osso foi a proteína com maior digestibilidade protéica de todas as proteínas estudadas. Das proteínas de origem animal, o ovo em pó foi aquela que apresentou menor digestibilidade protéica. Nenhuma das proteínas de origem animal apresentou aminoácidos essenciais limitantes quando comparadas com o padrão da FAO/WHO. Feijão, soja convencional, soja KTI - LOX - e PTS tiveram o aminoácido sulfurado (metionina) como limitante, enquanto para trigo e milho o aminoácido mais limitante foi a lisina. Soja KTI - LOX - e PTS exibiram valores de PDCAAS superiores aos da soja convencional, indicando uma possível elevação na qualidade protéica da soja melhorada geneticamente e da soja processada. Para o cálculo da digestibilidade in vitro foram testados dois métodos, um que usa valores de pH obtidos em 10 e 20 min após a adição da solução de enzimas e outro chamado de método do pH estático, o qual mede o volume de NaOH adicionado necessário para manter em 8,0 o valor de pH da solução de proteínas após a adição da solução enzimática. No método da queda de pH, as melhores equações foram obtidas quando se trabalhou com os valores de pH obtidos após 10 min da solução de enzimas. Dessas equações, as que tiveram maiores valores de R 2 foram confeccionadas sem a presença de caseína. Já no método do pH estático as equações que permitiram melhor correlação entre volumes de NaOH com digestibilidade foram aquelas nas quais se usavam todas as fontes de proteína e aquela em que não estava presente a caseína. O uso de técnicas in vitro para a determinação da digestibilidade protéica trará uma série de benefícios, pois requer menos tempo, ser mais barato e necessitar de menos mão-de-obra e espaço físico. Essa técnica permite que as análises sejam realizadas em um laboratório simples, necessitando apenas de um banho-maria, um pH-metro e um “freezer” para armazenamento das amostras e das enzimas, além de gastar pequena fração da fonte de proteína, ao contrário do que acontece em ensaios in vivo, em que é preciso muito material para o preparo das dietas. Por meio dessa técnica, evita-se também trabalhar com ratos, os quais, ao serem usados nos ensaios in vivo, devem ser sacrificados no final do experimento.