Taxas de recuperação de zinco, cobre e boro por diferentes extratores em solos da Bahia e de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Santos Neto, José Augusto dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10817
Resumo: A busca de uma recomendação de adubação mais confiável e as dificuldades de extrapolação da mesma, resultou na criação de sistemas de recomendações de corretivos e adubação mais mecanísticos como, por exemplo, o FERTICALC que demanda informações referentes às taxas de recuperação do nutriente pelo extrator em função das doses adicionadas. Atualmente usam-se valores estimados uma vez que informações baseadas em dados reais são escassas. Nesse sentido, esta pesquisa teve o objetivo de determinar as taxas de recuperação de zinco e cobre pelos extratores Mehlich-1 (M-1), Mehlich-3 (M-3) e DTPA e de boro com água fervente e CaCl 2 fervente em quinze solos dos estados da Bahia e Minas Gerais, na ausência e na presença da calagem. Foram instalados três experimentos em casa de vegetação, utilizando tratamentos em esquema fatorial (6 x 2 + 9) x 6, correspondendo a seis solos com e sem calagem, nove solos sem calagem e seis doses de Zn, Cu e B. Os experimentos foram conduzidos separadamente para Zn, Cu e B, em blocos casualizados, com três repetições. As unidades experimentais foram constituídas por 0,6 dm3 de solo. A calagem foi calculada com base na análise de solo, seguindo a recomendação de calagem usada para o Estado de Minas Gerais. Após 15 dias de incubação receberam doses de Zn (0; 3; 6; 12; 18 e 30 mg dm -3 ), Cu (0; 2; 4; 8; 12 e 20 mg dm -3 ) e B (0; 1,5; 3; 6; 9 e 15 mg dm -3 ), fazendo-se uma nova incubação por um período de 45 dias. As fontes de Zn, Cu e B foram, respectivamente, ZnSO 4 .7H 2 O, CuSO 4 .5 H 2 O e H 3 BO 3 . Terminada a incubação, os teores de Zn e Cu foram determinados com M-1, M-3 e DTPA, dosados por espectrometria de absorção atômica. O B disponível foi extraído com água fervente e CaCl 2 5 mmol L -1 fervente sendo a dosagem feita com azometina-H. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente, permitindo alcançar as seguintes conclusões: o Zn e o Cu recuperado pelo M-1, M-3 e o DTPA, e o B extraído do solo com água fervente e o CaCl 2 fervente, independente da calagem, aumenta linearmente com o aumento das doses aplicadas desses nutrientes aos solos. A capacidade de extração do Zn e Cu dos solos segue a seguinte ordem: M-1 > M-3 > DTPA. Os extratores M-3 e o DTPA são mais sensíveis à capacidade tampão (CT) do solo para Zn e Cu. Já para a calagem a sensibilidade é maior para o DTPA. Para o B, a água fervente é mais sensível à CT do solo para o B do que o CaCl 2 fervente. Os extratores água fervente e o CaCl 2 fervente não são sensíveis à calagem. Nos solos com calagem as taxas do Zn e Cu recuperado do solo pelos extratores M-1, M-3 e DTPA em comparação aos solos sem calagem são menores. As taxas de recuperação de Zn, Cu e B dos solos pelos extratores usados variam de acordo com os teores de matéria orgânica, quantidade e qualidade de argila, e pelo equivalente de umidade. Os extratores M-1, M-3 e DTPA foram altamente correlacionados entre si na extração de Zn e Cu, ocorrendo o mesmo com água fervente e o CaCl 2 fervente na extração do B do solo.