O que é normal? Um estudo qualitativo sobre a abordagem de queixas comportamentais na infância em programas de residência de medicina de família e comunidade de Minas Gerais.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31760 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.558 |
Resumo: | Este estudo investigou a abordagem de queixas de comportamento infantil e orientação parental em programas de residência em Medicina de Família e Comunidade de Minas Gerais. Queixas sobre o comportamento da criança e dificuldades em educar são comuns durante consultas médicas. Estudos demonstram que a vivência de situações psicossociais adversas traz desfechos negativos para a criança, para saúde física e mental, e que a parentalidade pode afetar diretamente a autoestima, regulação emocional e o bem estar. É importante que os profissionais de saúde estejam aptos a abordar o comportamento e a saúde mental na infância de forma eficaz e promover a interação saudável entre pais e filhos. O objetivo do estudo foi descrever e analisar as representações de preceptores e residentes de programas de residência em Medicina de Família e Comunidade de Minas Gerais sobre a abordagem de queixas de comportamento na infância e orientação parental. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo descritiva, conduzida a partir de entrevistas de aprofundamento com residentes e preceptores de três programas de residência em MFC do estado de Minas Gerais. Utilizou-se como referência roteiros semiestruturados de aprofundamento que continham uma situação de atendimento aos residentes e de ensino para os preceptores. O material foi codificado e categorizado segundo os princípios da análise temática de Braun e Clarke. A análise das entrevistas permitiu compreender que os entrevistados reconhecem que queixas sobre o comportamento infantil são demandas frequentes nas consultas de crianças na APS, e utilizam diversos procedimentos de avaliação e manejo para a abordagem dos casos. Entretanto, manifestam insegurança em relação ao diagnóstico do comportamento, e desejam conhecer algum referencial que auxilie na diferenciação do comportamento infantil normal de situações em que há transtorno. Os entrevistados que, por iniciativa própria, estudaram sobre parentalidade e conheciam algum referencial teórico sobre o tema não compartilhavam esta insegurança presente na maioria das entrevistas. Diante dos resultados e limitações da pesquisa, reconhece-se a necessidade de novos estudos sobre o tema, especialmente aprofundando na compreensão da insegurança dos profissionais diante das queixas de comportamento infantil. Além disso, evidencia-se a necessidade da inclusão da discussão sobre a abordagem do comportamento nas consultas de crianças no currículo formal dos programas de residência de medicina de família e comunidade, dada a relevância do treinamento para orientação parental como uma estratégia de abordagem familiar. Descritores: Saúde Mental. Transtornos do Comportamento Infantil. Poder Familiar. Medicina de Família e Comunidade. Educação Médica. Residência Médica. Atenção Primária à Saúde. |