Identificação de compostos voláteis produzidos no sistema predador-presa-tomateiro
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3964 |
Resumo: | As plantas se protegem contra o ataque de herbívoros através da combinação de defesas constitutivas e/ou induzidas que reduzem o desempenho dos herbívoros e, consequentemente, interrompem a propagação do dano. Plantas sadias ou sob o ataque de herbívoros liberam uma variedade de compostos orgânicos voláteis, os quais estão envolvidos na atração dos inimigos naturais desses herbívoros. Os inimigos naturais como ácaros predadores e coccinelídeos, por exemplo, são capazes de explorar esses voláteis para localizar suas presas, usando-os como sinais químicos da presença do alimento. Dessa forma, estudos de comportamento são importantes para o entendimento das interações que ocorrem entre os organismos em uma teia alimentar. Assim como o conhecimento dos compostos químicos que mediam a localização de plantas infestadas com herbívoros pelos inimigos naturais, para que se tenha uma melhor compreensão da interação inseto-planta influenciando o terceiro nível trófico. Diante disso, este trabalho objetivou investigar as respostas dos ácaros predadores Phytoseiulus longipes e Phytoseiulus macropilis e de joaninhas da espécie Cycloneda sanguinea aos voláteis de plantas de tomate infestadas ou não com Tetranychus evansi e Tetranychus urticae. O principal objetivo foi verificar se estes predadores são capazes de discriminar entre as fontes de odores produzidas pelo complexo planta-herbívoro. Nós também identificamos os compostos voláteis emitidos por plantas infestadas com o ácaro-vermelho T. evansi e com o ácaro rajado T. urticae e de plantas de tomate limpas. Para acessar esses resultados foram utilizadas as técnicas de olfatometria para os testes comportamentais e o GC-MS para a identificação dos compostos. Os resultados mostram que os predadores testados são capazes de discriminar entre voláteis de plantas de tomate infestadas com T. evansi ou T. urticae e voláteis de plantas limpas. Isso mostra que o complexo planta-herbívoro libera odores atraentes a estes inimigos naturais. Porém, quando dada à escolha entre plantas infestadas com T. evansi e plantas infestadas com T. urticae, os predadores não são capazes de discriminar entre as duas fontes de odores produzidas. Quanto à identificação dos compostos foi verificado que ao compararmos plantas limpas e plantas infestadas, seja com o ácaro-vermelho ou com o ácaro rajado, foram encontrados e identificados uma quantidade bastante superior de compostos voláteis nas plantas infestadas. Já quando comparamos plantas infestadas com T. evansi e plantas infestadas com T. urticae, o perfil de compostos voláteis encontrado em ambas foi bastante similar. Quanto à análise quantitativa dos compostos, observamos que não existe diferença significativa entre as concentrações de cada composto emitidos por plantas infestadas com T. evansi e T. urticae. Os resultados obtidos através da identificação e quantificação dos compostos voláteis podem explicar as respostas obtidas nos experimentos de olfatômetro. |