A burocracia de nível de rua e a articulação de políticas públicas para a infância e a adolescência
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Administração |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30406 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.519 |
Resumo: | Neste trabalho, buscou-se analisar, sob a lente da burocracia no nível de rua, como os conselheiros tutelares desempenham o papel de articuladores na política local para a infância e a adolescência, bem como identificar os aspectos que favorecem/desfavorecem esse papel. Dessa forma, objetivou-se compreender a atuação do conselheiro tutelar como burocrata de nível de rua no contexto da Rede de Proteção à Infância e à Adolescência. Este estudo foi realizado nas unidades do Conselho Tutelar do município de Manaus-AM. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, com coleta de dados via entrevistas com roteiros semiestruturados e pesquisa documental, sendo o exame dos dados realizado pela análise de conteúdo categorial e as categorias definidas, a priori, com base na obra do teórico Lipsky, ou seja: gestão, regras, demandas e casos e condições de trabalho. A pesquisa apontou que os principais aspetos que desfavorecem a ação do conselheiro tutelar são recorrentes para aqueles que atuam na linha de frente, nas condições de trabalho desfavoráveis e com recursos limitados e ruídos na comunicação. Como aspectos positivos, a pesquisa evidenciou o conselheiro como um profissional com perfil dinâmico e criativo para criar estratégias para sanar as inconformidades, como também identificou o apoio da comunidade e da Igreja e a experiência em ações e projetos sociais como principais fatores que motivaram os conselheiros a atuarem na área. A discricionariedade, típica do burocrata de nível de rua, foi apontada como aspecto favorável enquanto possibilita mais liberdade para a ação, embora esta seja limitada em razão da falta de controle e das poucas normas de execução. O estudo também enfatizou a necessidade de que as políticas sociais precisam de mais atenção do Poder Público e que burocratas de nível de rua perpassam da visão tecnicista de apenas atender, requisitar ou preencher formulários para um papel de articulador, aquele que de fato faz a política pública, como afirma Lipsky. Palavras-chave: Burocracia de Nível de Rua. Burocratas. Articulação de políticas públicas. Crianças e adolescentes. |