Características da densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Aspectos sócio-culturais do movimento humano; Aspectos biodinâmicos do movimento humano Mestrado em Educação Física UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3497 |
Resumo: | Densidade mineral óssea (DMO) é característica importante e associada à resistência dos ossos contra risco de fraturas. Sabe-se, que com o envelhecimento e outros fatores associados ocorre perda acelerada dessa, com predisposição às fraturas mesmo a pequenos esforços. Como mulheres na pós-menopausa são as que mais apresentam riscos, muitos são os estudos que tentam descrever os fatores que interferem na prevenção, melhor diagnóstico precoce da osteoporose e acompanhamento das mesmas. Dessa forma, a atividade física tem sido descrita como forma de otimizar a DMO, prevenindo sua deterioração e os exames de sangue como biomarcadores ósseos aparecem como forma de rastreio de indivíduos em risco. Contudo existem muitas controvérsias em relação à influência do nível de atividade física na DMO e o uso desses biomarcadores ósseos na avaliação da DMO. O objetivo geral dessa dissertação foi verificar os fatores que influenciam a DMO e a correlação da densitometria óssea com parâmetros de nível de atividade física e níveis plasmáticos da fração carboxi-terminal do colágeno tipo I (CTX) em mulheres na pós-menopausa. xiOs objetivos específicos foram determinar os principais fatores que estão relacionados com a DMO medida pela densitometria por absorção de dupla energia de raios-x (DXA), verificar a correlação do nível de atividade física, história pregressa de prática de exercícios e força muscular com a DMO, além de observar correlação da DMO medida com o DXA com os valores do biomarcador ósseo CTX. No primeiro estudo foi avaliada a presença de fatores de riscos para DMO diminuída em mulheres na pós-menopausa, correlacionando os mesmos com a DMO da coluna lombar e fêmur direito medidas pelo DXA. Foram avaliadas 62 mulheres na pós-menopausa, saudáveis, com média de idade de 56,82 ± 4,02 anos, quanto à presença de fatores de risco para osteoporose e nível de atividade física pelo International Physical Activity Questionnarie (IPAQ), forma longa. Foi realizada densitometria de coluna lombar e fêmur proximal, formando-se dois grupos: DMO normal e DMO diminuída. Constatou-se neste estudo que o Índice de Massa Corporal (IMC), idade, peso, história familiar de osteoporose, raça e tempo de menopausa foram os principais fatores determinantes da DMO em mulheres na pós-menopausa. O segundo estudo objetivou verificar a relação dos testes de força, história pregressa de atividade física e nível de atividade física habitual, avaliado pelo pedômetro, com a DMO em alguns sítios ósseos em mulheres na pós-menopausa. A DMO foi medida pelo DXA nos sítios ósseos da coluna lombar (L1-L4), fêmur e antebraços na mesma amostra do primeiro estudo. Foi aplicado Questionário de Histórico de Atividade Física – Bone Loading History Questionnaire (BLHQ) modificado - e, realizada contagem diária de passos (pedômetro). A força muscular foi medida pelos testes de dinamometria de mãos, 30 segundos de bíceps bilateral e teste de sentar e levantar da cadeira em 30 segundos. Realizou-se registro alimentar de 3 dias para mensuração da ingestão diária de cálcio e vitamina D. Foram observadas várias correlações positivas e significativas entre a densitometria e a força muscular, porém em baixa magnitude (r<0,50). E, o achado mais importante do estudo foi o risco de 5,5 vezes maior de mulheres que não praticaram atividade física na fase da adolescência até a idade adulta de apresentarem diminuição da DMO. O terceiro estudo buscou avaliar a correlação dos valores de DXA e CTX, e, também, com nível habitual de atividade física, xiihistórico de atividade física e testes de força em mulheres na pós- menopausa. A mesma amostra de mulheres foi avaliada quanto ao nível de atividade física habitual (pedômetro), questionário IPAQ – forma longa - e Questionário de Histórico de Atividade Física, além de testes de força muscular. Foi realizada densitometria corporal total, de coluna lombar, fêmur e antebraços bilateralmente, mensuração de marcador ósseo CTX sanguíneo, cálcio iônico, fósforo e PTH. Dentre os dois grupos: controle com DMO normal e grupo com DMO diminuída não houve diferenças estatisticamente significativas para testes de força, nível de atividade física habitual, histórico de atividade física e força muscular em relação ao CTX, porém foi demonstrada dependência do CTX em relação aos valores de DXA total e da coluna lombar, ocorrendo baixa DMO quando o CTX estava entre moderado e alto. Isso pode indicar que esse biomarcador talvez possa ser utilizado como forma de triagem de indivíduos com risco de baixa DMO e risco aumentado para fraturas, podendo ser uma alternativa de exame de sangue de rotina anterior ao exame de DXA. |