Erosividade das chuvas no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Gonçalves, Flávio Aparecido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9446
Resumo: No presente trabalho foram analisadas as séries históricas de precipitação de 14 estações pluviográficas localizadas no Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo: de estimar os índices de erosividade das chuvas EI 30 e KE>25, utilizando-se duas metodologias para a estimativa da energia cinética (FOSTER et al., 1981; e WAGNER e MASSAMBANI, 1988) daquelas 14 localidades, com disponibilidade de dados pluviográficos; e os índices de erosividade mensais médios das referidas localidades, com base em dados pluviométricos, bem como obter os mapas de isoerosividade daquele Estado. O índice EI 30 foi obtido pelo produto da energia cinética da chuva por sua intensidade máxima em 30 minutos, enquanto o índice de erosividade KE>25 foi determinado a partir da soma dos valores de energia cinética das chuvas que possuíam intensidades, no intervalo de 10 minutos, iguais ou superiores a 25 mm h –1 . As médias anuais do EI 30 nas diferentes localidades variaram de 4.268 a 16.225 MJ mm ha –1 h –1 ano –1 , usando- se a metodologia de WAGNER e MASSAMBANI (1988), e de 4.118 a 15.806 MJ mm ha –1 h –1 ano –1 , com a metodologia de FOSTER et al. (1981). Para o KE>25, os valores variaram de 42 a 170 MJ ha –1 mm –1 , utilizando-se a metodologia de WAGNER e MASSAMBANI (1988), e de 42 a 172 MJ ha –1 mm –1 , com base em FOSTER et al. (1981). A estimativa dos índices de erosividade mensais médios a partir de dados pluviométricos foi feita por meio de correlações dos índices de erosividade obtidos a partir da base de dados pluviográficos com a precipitação mensal média (p) ou com o coeficiente de chuva (Rc), ressaltando-se que as equações ajustadas apresentaram coeficientes de determinação (R 2 ) variando de 0,61 a 0,99, à exceção da Estação Capela Mayrink, cujo coeficiente foi em torno de 0,40. Empregando-se o software ArcView GIS 3.2a, foram gerados mapas de isoerosividade com classes de 1.000 MJ mm ha –1 h –1 ano –1 para o índice de erosividade EI 30 e de 10 MJ ha –1 mm –1 para o índice KE>25. Para o EI 30 foram encontradas 12 classes de erosividade, variando de 4.000 a 16.000 MJ mm ha –1 h –1 ano –1 , enquanto para o KE>25 se obtiveram 14 classes de erosividade oscilando entre 40 e 180 MJ ha –1 mm –1 . A análise dos dados possibilitou que se concluísse que os índices de erosividades das chuvas apresentam, nos diversos locais estudados, diferenças expressivas entre si. Concluiu-se, também, que: não houve divergências expressivas entre os resultados obtidos pelas equações propostas por FOSTER et al. (1981) e WAGNER e MASSAMBANI (1988) para o cálculo de energia cinética da chuva; que a estimativa da erosividade das chuvas a partir da precipitação mensal média proporcionou melhores resultados do que quando se usou o coeficiente de chuva (Rc); que o semestre com maiores potenciais erosivos no Estado do Rio de Janeiro foi novembro-abril; e que o número anual médio de chuvas erosivas nas localidades analisadas foi de 45, correspondendo a 34% do número total de eventos.