Avaliação da co-infecção do circovirus suíno 2 com Mycoplasma hyopneumoniae em amostras de pulmões coletadas em abatedouro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bezerril, Juliana Evangelista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5006
Resumo: A circovirose suína, causada pelo circovirus suíno tipo 2 (PCV2), e a pneumonia enzoótica suína, causada pelo Mycoplasma hyopneumoniae, são doenças infecto-contagiosas de grande importância na suinocultura mundial, ambas causam pneumonias com diferentes formas de apresentação. Têm distribuição cosmopolita e estão entre as principais causas de perdas econômicas. O presente trabalho foi realizado com o objeto de avaliar a coinfecção entre Circovírus suíno 2 e o Mycoplasma hyopneumoniae, por meio da reação da polimerase em cadeia em tempo real (qPCR), técnica de imunoistoquímica e exames histopatológicos. Cento e vinte fragmentos de pulmões, sendo 45 com lesões macroscópicas (CLM) e 75 sem lesões macroscópicas (SLM) foram analisados pela histopatologia. Destes, foram selecionadas aleatoriamente 32 amostras (sendo 16 sem lesões macroscópicas e 16 com lesões macroscópicas) para a realização dos testes de imunoistoquímica (para a detecção do Mycoplasma hyopneumoniae) e qPCR (para detecção do PCV2). Não foi observada diferença significativa entre os grupos (SLM e CLM) em nenhum dos testes, o que indica que a ausência de lesões macroscópicas não descarta a possibilidade da presença dos agentes nem de lesões microscópicas. A técnica de histopatologia representou uma importante ferramenta para se aproximar ao diagnóstico. Embora as lesões não sejam patognomônicas para os agentes avaliados, elas são bastante sugestivas dos quadros viral e bacteriano, e esses achados, aliados a presença de sinais clínicos e detecção do agente (que são mais frequentemente realizados por qPCR e imunoistoquímica), confirmam o diagnóstico de cada agente isoladamente ou da coinfecção. Apesar das amostras analisadas pelo qPCR terem apresentado grande número de resultados negativos e baixa carga viral, diversos autores relatam que o pulmão é um dos órgãos com menor carga viral de PCV2, sendo desta forma os órgãos linfóides, principais alvos do PCV2, mais indicados para a quantificação viral. Foi verificada uma correlação positiva do teste de imunoistoquímica com o teste histopatológico de acordo com o teste estatístico de Pearson, o que confirma a presença do agente nas lesões observadas na histopatologia. Estudos futuros utilizando a coleta de linfonodos (órgão alvo do PCV2) e amostras coletadas de diferentes regiões anatômicas pulmonares devem ser realizados para avaliar a co-infecção de uma forma mais acurada.