Processo de formação dos cursos de licenciatura em Dança e Educação Física face ao ensino de pessoas com deficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teixeira, Fanny Aparecida Condé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25647
Resumo: Essa pesquisa buscou investigar como o processo de formação de professores nos cursos de licenciatura em Dança e Educação Física da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vem preparando os graduandos para futuramente atuarem no ensino de pessoas com deficiência. Este estudo foi caracterizado por um enfoque quantiqualitativo, de natureza exploratória. A amostra foi composta pelos graduandos do último ano dos cursos de licenciatura em Dança (36) e em Educação Física (52) das referidas universidades, totalizando 88 participantes. Inicialmente, esta pesquisa contou com levantamento bibliográfico sobre a temática envolvida no estudo e análise de documentos fornecidos pelas universidades participantes. Posteriormente, houve a aplicação de questionário (on-line e presencial) para coleta de dados. Esse instrumento foi desenvolvido tendo como referência o questionário Physical Educators' Attitude Toward Teaching Individuals with Disabilities III (PEATID III), criado por Folsom-Meek e Rizzo (1993). Para tratamento dos dados coletados foram realizadas as seguintes análises estatísticas: frequências absolutas e relativas; teste qui-quadrado; mediana e valores mínimos e máximo e análise de agrupamentos. Utilizou-se o programa R (R CORE TEAM, 2017) e o pacote cluster para a realização dos cálculos. A partir dessa pesquisa, foi possível verificar que as universidades (p= 0.0096) e os cursos (p=0.0360) se relacionam na questão “Já teve alguma experiência no ensino de pessoas com deficiência?”, sendo a resposta “sim” mais frequente. Apenas os cursos se relacionam na questão “Você considera a matriz curricular do seu curso adequada a atender as demandas atuais de sua área de atuação?” (p= 0.0226), na qual a frequência de respostas “não” foi superior. Quanto à autopercepção do graduando sobre sua competência diante do aluno com deficiência foi possível perceber, através do valor da mediana e da análise de agrupamentos, que as respostas apresentam grande variabilidade. Assim como também ocorre nas questões “desenvolver práticas de ensino envolvendo conjuntamente alunos com e sem deficiência implica em uma sobrecarga acrescida para o professor” e “percebo que a maior parte dos professores se preocupam em abordar questões sobre inclusão/ diversidade ao longo das disciplinas”. Dessa forma, foi possível notar a necessidade de se buscar novos caminhos, de ampliar as vivências relacionadas ao ensino de pessoas com deficiência durante a graduação, explorando reflexão e prática, além de naturalizar a presença dessa temática ao longo dos cursos, não ficando apenas limitado às disciplinas específicas. Futuras pesquisas envolvendo cursos de licenciatura de diferentes áreas e localidades poderiam colaborar para um melhor entendimento dessa problemática e buscar novas possibilidades de ação a favor de um processo de formação docente com valores inclusivos.