Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Puga, Luciano Carlos Heringer Porcaro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6746
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Resumo: |
O presente trabalho teve por objetivo modelar o comportamento alimentar e caracterizar os abrigos de morcegos hematófagos, transmissores do vírus da raiva aos rebanhos, em 15 municípios situados na Zona da Mata de Minas Gerais e na Bacia do Rio Paraibuna, no entorno de Juiz de Fora, no período de fevereiro de 2012 a junho de 2014. Foram vistoriados 53 abrigos ativos de morcegos hematófagos e 180 propriedades para colheita de dados sobre os tipos de abrigos encontrados, uso da terra, tamanho de rebanho, ocorrência anterior de raiva no rebanho e a visualização de mordeduras de morcegos nos animais, utilizando aparelho de GPS para georreferenciamento. A pesquisa baseou-se em estudos de fisiologia dos quirópteros, pelo fato de que o morcego hematófago em geral teria baixa reserva energética, condição que supostamente poderia induzir a uma redução efetiva da área de trabalho no controle da população dessas espécies. Esta área, de acordo com normas oficiais, atualmente deve ser de 12 quilômetros de raio. Os dados foram reunidos em um sistema de informações geográficas utilizando programa de geoprocessamento para visualização e análise espacial. A análise dos fatores relacionados à ocorrência de raiva, distribuição dos abrigos de morcegos e mordeduras nos animais foi feita utilizando regressão logística e estatística espacial. Verificou-se que as propriedades com plantéis acima de 100 bovinos, com produção mista de leite e carne, com presença de abrigos de morcegos na propriedade e com histórico anterior e atual de mordeduras por morcegos apresentam significativamente (p<0,05) maior potencial de ocorrência de raiva; que na área de estudo, os morcegos hematófagos voavam 1.280 metros em média e no máximo 1.517 metros (p<0,05) para forrageamento. Confirma-se então que os morcegos hematófagos em uma região com relevo acidentado igual ao da área de estudo não teriam reservas energéticas para transpor grandes altitudes e distâncias e que os trabalhos de prevenção e controle da raiva e dos morcegos hematófagos poderiam ser reduzidos com segurança para apenas 3 quilômetros de raio a partir dos abrigos. O trabalho de controle populacional nos digestórios, que são os abrigos provisórios noturnos de morcegos hematófagos, é de fundamental importância. Deve-se, portanto, modificar as estratégias oficiais de controle da raiva e dos morcegos hematófagos para atendimento às questões regionais, utilizando o geoprocessamento e análise espacial, com a finalidade de se adequarem aos recursos humanos e financeiros disponíveis para a atividade. |