Planos de saúde e a demanda feminina por saúde preventiva no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Soares, Clarice Antonia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33054
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.682
Resumo: A saúde preventiva é essencial para a sustentabilidade do sistema de saúde e para a qualidade de vida da população. Ela promove hábitos saudáveis, previne e detecta doenças precocemente, reduzindo a necessidade de tratamentos mais caros. No entanto, desafios como a organização das agendas, os longos tempos de espera e os determinantes sociais da saúde persistem. Para as mulheres, há desafios adicionais como desigualdade de gênero e raça, falta de informação, violência, saúde mental e padrões culturais. A literatura, em especial a internacional, aponta que a cobertura de um plano de saúde pode reduzir barreiras financeiras, logísticas e de conscientização, facilitando o acesso à saúde preventiva. Desse modo, esse estudo investiga o efeito da posse de plano de saúde sobre a demanda feminina por serviços de saúde preventivos no Brasil, usando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. A análise considera variáveis demográficas, socioeconômicas e o número de estabelecimentos de saúde por estado, construindo modelos de Regressão Logística e de Regressão Logística Multinível. Os resultados mostraram que a posse de plano de saúde aumenta em 53,3% a probabilidade de mulheres demandarem serviços de saúde preventiva primária e em 42% a probabilidade de elas demandarem serviços de saúde preventiva secundária. E, mulheres do Sudeste têm a maior demanda por esses serviços, seguidas pelas sulistas, devido à melhor infraestrutura de saúde e ao maior acesso a planos de saúde. Diante disso, o estudo destaca a importância de campanhas públicas de conscientização sobre saúde preventiva e a necessidade de equalizar a oferta de serviços de saúde pública entre as regiões, reforçando o papel da Estratégia Saúde da Família, principal recurso de atenção à saúde primária no Brasil, na melhoria da qualidade e da equidade no acesso à saúde preventiva. Palavras-chave: Serviços de saúde preventivos. Demanda Feminina. Planos de Saúde. Brasil.