Conflito social e a criação de reservas extrativistas no município de Lábrea - AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Franco, Marcelo Horta Messias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/13398
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo principal analisar os conflitos sociais existentes em torno da criação de duas Unidades de Conservação de Uso Sustentável na Amazônia brasileira, as Reservas Extrativistas do Médio Purus e Ituxi, no município de Lábrea, sul do Estado do Amazonas. Reserva Extrativista é uma categoria de área protegida instituída pelo poder público, concebida a partir de discussões propostas pela sociedade civil organizada dentro de um contexto local de luta fundiária e afirmação identitária no sudoeste da Amazônia brasileira em fins da década de 1980. No presente estudo de caso, buscou-se identificar o conjunto de atores sociais e os interesses envolvidos com a criação de duas dessas áreas numa região contextualizada enquanto zona de expansão fronteiriça com avanço de desmatamento. Privilegiou-se como método de coleta de dados, a utilização de instrumentos qualitativos, como a observação participante, e a aplicação de entrevistas estruturadas. Por meio de levantamento bibliográfico a respeito dos aspectos históricos, geográficos e culturais a unidade de análise foi caracterizada, apresentando o cenário da investigação. A análise dos dados obtidos no trabalho de campo trouxe como resultado principal um quadro atualizado das disposições dos atores sociais envolvidos na questão das Resex ́s em Lábrea, possibilitando a discussão sobre uma série de questões a respeito de comportamentos, articulações e (re) posicionamentos dentro da figuração social, de maneira a confirmar o pressuposto sociológico de que o conflito, longe de ser um fator negativo do convívio em sociedade, representa um elemento propulsor de transformações, dentro de uma realidade social que é invariavelmente dinâmica e interdependente.