Colágeno intramuscular de vacas e novilhas alimentadas com dieta de alta densidade energética
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Zootecnia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29402 |
Resumo: | O presente trabalho consiste em avaliar os efeitos do fornecimento de dieta de alta densidade energética sobre a solubilidade e turnover do colágeno em vacas de descarte em relação a novilhas. O tecido muscular esquelético é constituído por fibras musculares, tecido adiposo e tecido conjuntivo, sendo o colágeno o principal componente do tecido conjuntivo. O colágeno é uma proteína estrutural, responsável por manter a integridade do músculo esquelético. Além disso, ele é considerado uma proteína de meia-vida longa, logo o seu turnover é essencial para o crescimento animal, uma vez que uma de suas funções é a de sustentação. Tanto o colágeno quanto os outros componentes da matriz extracelular são degradados por metaloproteinases de matriz (MMPs), cuja inibição é realizada pelos inibidores das MMPs (TIMPs). As características do colágeno são ditas como uma das principais variáveis responsáveis pela maciez da carne. Estratégias dietéticas podem influenciar o turnover protéico do tecido conjuntivo intramuscular, reduzindo o cross-linking entre as moléculas do colágeno e consequentemente aumentando a solubilidade do mesmo. Apesar do conhecimento atual sobre os efeitos da dieta nas propriedades do colágeno, poucos trabalhos buscam estratégias para minimizar seu efeito com o avançar da idade do animal. Sendo assim, nós avaliamos os efeitos do fornecimento de dieta de alta densidade energética sobre a solubilidade e turnover do colágeno em vacas de descarte. Dez vacas de descarte, (idade de 84±2,1 meses e peso 550±30,5 kg) e dez novilhas (idade de 24±1,8 meses e peso de 300±15,6 kg) foram alimentadas com dieta de alta densidade energética, durante 150 dias. O ganho médio diário (P = 0,51), o teor total de colágeno (P = 0,65), a abundância de mRNA de COL1A1 (P = 0,96), atividade enzimática da lisil oxidase (P = 0,80), a expressão de mRNA da MMP9 (P = 0,41) e TIMP2 (P = 0,19) não diferiram entre as idades. A solubilidade de colágeno (P < 0,01) e a força de cisalhamento (P < 0,01) foram maiores nas novilhas em relação às vacas de descarte. As vacas de descarte apresentaram maior abundância de mRNA de COL3A1 (P = 0,04), TIMP 1 (P < 0,01) e TIMP3 (P < 0,01). O teor de gordura intramuscular (P = 0,06) bem como a abundância de mRNA da MMP2 (P = 0,10) tenderam a ser maior nas vacas de descarte em relação às novilhas. Os resultados sugerem alteração no remodelamento e aumento na renovação do colágeno intramuscular em vacas de descarte em relação á novilhas sob dieta de alta densidade energética. Contudo, tais alterações não foram suficientes para causar equivalência da solubilidade do colágeno intramuscular entre vacas de descarte e novilhas. Palavras-chave: Carne. Colágeno solúvel. Dieta altamente energética. Maciez. Novilha. Vaca de descarte. |