Adaptações no tamanho do campo de futebol para crianças e adolescentes a partir do desempenho físico e variáveis antropométricas: utilização da ciência de dados
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Educação Física |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33003 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.621 |
Resumo: | A prática de atividade física é essencial para o desenvolvimento fisiológico, psíquico e social de crianças e adolescentes, incentivar esse hábito aumenta a probabilidade de uma vida adulta saudável. Praticar futebol é uma escolha comum nessa fase, mas adaptar o esporte para os jovens favorece a prática saudável do esporte. Este estudo propõe o uso da aprendizagem de máquina, com o objetivo de propor um método de redimensionar campos de futebol nas categorias de base conforme a aptidão física e variáveis antropométricas dos participantes. Participaram do estudo 268 indivíduos do sexo masculino, com 6 a 19 anos de idade, matriculados em escolinhas de futebol nas cidades de Florestal, Pará de Minas e Itaúna, no estado de Minas Gerais. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFV. Os procedimentos envolveram testes antropométricos (estatura, massa corporal e envergadura) e de aptidão física (capacidade cardiorrespiratória, força de membros inferiores e velocidade), propostos pelo PROESP-BR. Os dados foram tabulados em Excel® e analisados no software R® de linguagem de programação, onde foram tratados e a partir do algoritmo k-means os participantes foram agrupados de acordo com suas similaridades. Comparando com os padrões da OMS, observou-se que uma normalidade dos dados com relação a massa corporal dos jovens, já a estatura, apesar de os indivíduos se encaixarem nos padrões de normalidade, parece haver uma subestimação dos padrões de crescimento, sugerindo a necessidade de tabelas baseadas na população nacional. Nos testes de aptidão física os resultados foram comparados com a tabela de expectativa de desempenho fornecida pelo PROESP-BR, onde foi identificado para o teste de capacidade cardiorrespiratória um desempenho “bom” (10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 anos de idade), desempenho “razoável” (7, 9 e 17 anos de idade) e “fraco” (6 e 8 anos de idade). Para o teste de velocidade todos os grupos por idade foram classificados com um desempenho “fraco” e no teste de força de membros inferiores os indivíduos foram classificados com um desempenho “muito bom” (16 anos de idade), desempenho “bom” (6, 7, 9 e 15 anos de idade), e “razoável” (8, 10, 11, 12, 13, 14 e 17 anos de idade). Ao comparar os resultados dos testes de aptidão física com a literatura, acredita-se que é possível que os testes realizados em campos de futebol, podem ter resultados subestimados em comparação com quadras poliesportivas, sugerindo a importância de futuras comparações. De acordo com os testes estatísticos desenvolvidos o grupo estudado pôde ser dividido em apenas 2 grupos, com características físicas e antropométricas significativamente diferentes entre sí. O algoritmo de aprendizado de máquina desenvolvido mostrou-se eficaz para agrupar indivíduos e identificar outliers, com potencial aplicação em contextos de alto rendimento e saúde. Os achados sugerem que apenas duas medidas de campo podem atender às necessidades das categorias de base, com uma transição acontecendo entre 11 e 12 anos. Estudos futuros devem incluir dados de adultos para validar e ajustar as dimensões propostas para campos de futebol. Palavras-chave: Futebol. Aptidão Física. Ciência de Dados. |