Etileno modula o crescimento, rendimento e qualidade nutricional do amendoim (Arachis hypogaea L.) em resposta à profundidade de plantio
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31808 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.481 |
Resumo: | O amendoim é uma importante cultura agronômica que serve como fonte de óleo e proteína em todo o mundo. A profundidade de semeadura desempenha um papel importante no estabelecimento da planta e na produtividade da cultura. Têm-se indicações de que o etileno promove a germinação e estabelecimento das plântulas de amendoim. Entretanto, o mecanismo pelo qual tal fenômeno ocorre e se há alguma relação com a profundidade de plantio são hipóteses ainda não examinadas. Assim, o presente estudo objetivou investigar as ações integrativas entre o etileno e a profundidade de plantio no controle do crescimento e desenvolvimento do amendoim. Neste contexto, sementes de amendoim cultivar ‘IAPAR 25’ e ‘Tatu-53’ foram semeadas em condição de campo nas profundidades de 0,5, 2,5, 5, 10 e 15 cm e avaliou-se os parâmetros morfológicos, fisiológicos, metabólicos e de produção. Quando comparado com as plântulas desenvolvidas à profundidade de 5,0 cm, observou-se que a profundidade de plantio de 0,5 cm promoveu uma maior produção de etileno e ACC na parte aérea das mudas, induzindo um menor alongamento do epicótilo e hipocótilo das plântulas de ambas cultivares. Por outro lado, plântulas desenvolvidas a partir de sementes à profundidade de 15 cm apresentaram redução na produção de etileno e ACC, com maior alongamento do epicótilo e hipocótilo, em relação as plântulas desenvolvidas a 5,0 cm. Ademais, quando comparado com a profundidade de plantio de 5,0 cm, os tratamentos de semeadura rasa (0,5 cm) e semeadura profunda (15 cm) promoveram uma redução na taxa de assimilação líquida de carbono, nas concentrações de açúcares nas folhas, bem como redução do número de folhas, área foliar e biomassa foliar. Além disso, promoveram uma redução no número e comprimento de raízes laterais, no rendimento de vagens e sementes bem como na concentração de minerais como Ca, S, Cu e Zn nas sementes. Esses resultados sugerem que as alterações observadas na profundidade de plantio rasa estejam associadas ao efeito do etileno, que em altas concentrações inibe o crescimento da planta, afetando a partição de carbono e o desenvolvimento e produção do amendoim. As mudanças observadas na maior profundidade de plantio podem ser efeitos induzidos pelo maior tempo que as plântulas levaram para emergir do solo e ganhar capacidade fotoautotrófica. Alternativamente, a menor produção de etileno das plantas à profundidade de 15 cm pode ter afetado negativamente o desenvolvimento das plantas de amendoim. Além disso, as plantas de ambas cultivares desenvolvidas a partir de sementes à profundidade de 5,0 cm apresentaram melhor performance no desenvolvimento da planta, no rendimento de vagens e sementes assim como na qualidade nutricional do grão em relação às profundidades de 0,5, 2,5, 10 e 15 cm. Juntos, os resultados do presente estudo indicam que as plantas de amendoim têm a produção de etileno alterada em função da profundidade de plantio, desencadeando respostas morfofisiológicas e metabólicas nas etapas iniciais de crescimento que refletem na produção e qualidade do grão ao final do ciclo da cultura. Palavras-chave: Hormônios. Comprimento do hipocótilo. Expansão celular. Produção de amendoim. Fonte-dreno. |