Comportamento social e reprodutivo de capivaras Hydrochoerus hydrochaeris Linnaeus, 1766 (Rodentia) em áreas com diferentes níveis de influência humana
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4966 |
Resumo: | A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor vivente. É um herbívoro generalista de hábito semi-aquático e cuja distribuição ocupa grande parte da região Neotrópica, desde a Venezuela e Colômbia até o norte da Argentina e Uruguai. O presente trabalho propôs caracterizar a intensidade de manifestações comportamentais de capivaras em duas áreas distintas: em cativeiro e em área antropizada, na tentativa de se obter dados relevantes que possam favorecer o manejo sustentável desta espécie. O estudo do comportamento reprodutivo e social de capivaras em cativeiro foi realizado no Centro de Biodiversidade da USIPA (CEBUS), localizado no Vale do Aço na cidade de Ipatinga-MG. Foram observados 40 indivíduos em cativeiro, diariamente de segunda a sábado em um período de 12 meses, entre setembro de 2005 e agosto de 2006, totalizando 549 horas de observação, através de amostragem de Ad libitum e Varredura Instantânea. Os comportamentos reprodutivos foram realizados com mais freqüência pelo macho α, mas os machos β também tiveram acesso às fêmeas para realização dos comportamentos reprodutivos. As cortes e cópulas tiveram uma maior freqüência durante o período da tarde nos meses de outubro e novembro de 2005 e março, maio e agosto de 2006. Os comportamentos sociais ocorreram tantos nos horários da manhã como no horário da tarde, principalmente os comportamentos de paradas depois de uma perturbação, formação de subgrupo e brincadeiras, porém os comportamentos de deslocamento depois de uma perturbação (77%), marcação de território (81%), conflitos (67%) e banhos de lamas (82%) tiveram uma predominância no período da tarde. Somente as atividades de cecotrofia (97%) e de amamentação (71%) tiveram uma maior ocorrência durante o período da manhã. Durante o estudo do comportamento em cativeiro, foi possível observar um aumento no número de indivíduos no grupo com a formação de um sub-grupo, aumentando também o número de conflitos entre os indivíduos. Tendo que o produtor, em criações comerciais, ficar atento ao tamanho do grupo para que não tenha perdas reprodutivas no grupo. O grupo de capivaras estabelecido às lagoas do Campus da Universidade Federal de Viçosa em Viçosa-MG era composto por 22 indivíduos. Estes animais foram observados em campanhas contínuas através de amostragem de Varredura Instantânea, durante o período julho de 2007 a junho de 2008, totalizando 431 horas. Os comportamentos mais constantemente observados independente do período foram forrageando, repouso em terra, paradas depois de uma perturbação, deslocando depois de uma perturbação e conflitos. Em relação à freqüência da manifestação comportamental nos períodos diurno e noturno, o comportamento de repouso em terra foi o mais abundante no período diurno e os comportamentos de forrageamento e deslocamentos foram mais abundantes no período noturno. Os comportamentos individuais de marcação territorial e conflitos foram mais observados durante o período noturno. Tudo indica que a presença humana induziu as capivaras a manifestarem seus comportamentos de deslocamento, pastejo e marcação territorial no período noturno, permanecendo o grupo em repouso dentro da mata durante o dia. |