Micobiota de plantas aquáticas invasoras nas bacias dos Rios Doce e São Francisco com ênfase no controle biológico da taboa (Typha domingensis Pers.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Maia, Cláudio Belmino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10096
Resumo: Esse trabalho objetivou: a) Levantar a micobiota associada às seguintes espécies: aguapé (Eichhornia crassipes); alface d'água (Pistia estratiotes); canavieira (Echinochloa polystachya); aguapé de cordão (Eichhornia azurea); taboa (Typha domingensis); capim barrigudo (Paspalum repens); pinheirinho d'água (Myriophyllum aquaticum); cataia gigante (Polygonum spectabile); tripa de sapo (Alternanthera phylloxeroides); salvinia (Salvinia auriculata); nas bacias dos Rios Doce e São Francisco. b) Avaliar, preliminarmente o potencial de Colletotrichum typhae como micoherbicida para T. domingensis. Na bacia do Rio Doce foram coletadas 44 amostras e na do São Francisco coletaram-se 63 amostras de plantas aquáticas apresentando sintomas de doença. Em toda a extensão mediana e inferior do Rio Doce, todas as plantas alvo foram encontradas, à exceção de capim barrigudo. No Rio São Francisco encontraram-se todas as plantas alvo com exceção de M. aquaticum. Associados a T. domingensis foram identificados os fungos C. typhae, Stenella sp., Cercospora sp., Cladosporium typharum, Phoma sp. e Pestalotiopsis dichaeta. Os testes de patogenicidade efetuados indicam que apenas os isolados de C. typhae eram patogênicos a T. domingensis. O crescimento da colônia de C. typhae em meio artificial foi maior em fotoperíodo de 24 horas. As percentagens de germinação de conídios nos fotoperíodos: 0 hora, 12 horas e 24 horas foram 32,4, 37,9 e 39,1%, respectivamente, não havendo diferença significativa entre os tratamentos. O fungo cresceu bem às temperaturas de 25 e 35 o C, e o intervalo de temperatura adequado para germinação foi de 15 a 20 o C. A faixa ótima de temperatura e período de molhamento foliar para o desenvolvimento da doença foi de 15 a 20 o C e de 24 a 48 horas respectivamente. A incidência diminuiu com o aumento da temperatura e a redução do período de molhamento foliar. No teste de especificidade C. typhae só foi patogênico a T. domingensis. Pelos resultados, obtidos conclui-se que o fungo tem algumas das características desejáveis para utilização no desenvolvimento de micoherbicidas.