Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Alves, Christiane Maria Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9021
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Resumo: |
Os subsídios agrícolas, concedidos pelo governo dos Estados Unidos, estimulam a produção doméstica, garantindo ao produtor norte-americano um preço mínimo. Esses subsídios causam impacto negativo nos preços de commodities importantes para o país, visto que retiram do mercado potenciais exportadores agrícolas, como o Brasil. Neste trabalho, enfatiza-se que a inclusão das medidas de políticas nacionais e comerciais, aplicadas ao algodão e à soja, permite identificar fontes de desvio no comércio. O objetivo geral deste trabalho é avaliar os benefícios da eliminação das barreiras à entrada do Brasil no mercado norte-americano, considerando que a redução dos subsídios constitui uma possibilidade de aumentar as exportações agrícolas brasileiras, especialmente de algodão e soja. O referencial teórico consiste na análise dos efeitos de políticas protecionistas, como tarifas e subsídios, sobre o comércio internacional e sobre os preços internacionais. Como modelo analítico foi utilizada a Matriz de Análise Política, de Monke e Pearson, que, além de possibilitar a descrição de dependências intra e intersetorial das relações econômicas, permite analisar os efeitos das políticas econômicas na agricultura. Pelos resultados da Matriz, constatou-se que os valores adicionados aos sistemas de produção de algodão e soja pelos produtores americanos foram inferiores aos seus custos com os insumos comercializáveis e com os fatores de produção domésticos. Para dar continuidade ao processo de produção, os agricultores americanos contam com a ajuda do governo; caso contrário, operariam no prejuízo. Os produtores brasileiros demonstram maior competitividade em relação aos americanos, já que, nos sistemas produtivos de algodão e soja, os lucros destes foram positivos e as receitas, superiores aos custos de produção. Os custos dos fatores domésticos nos sistemas produtivos de algodão e soja dos Estados Unidos foram superiores aos custos dos insumos comercializáveis, ao contrário dos sistemas de produção brasileiros. A competitividade da produção brasileira foi muito superior à americana, e a origem dessa competitividade está nos baixos custos dos fatores domésticos. O custo privado demonstra que houve eficiência produtiva brasileira nos dois sistemas de produção, algodão e soja, já que os empresários conseguiram maximizar lucros excedentes. O custo de proteção nominal indicou que houve proteção à produção americana de algodão e soja, além de transferências, e ausência destas no Brasil. Pelo coeficiente de proteção efetiva, verificou-se que os lucros privados dos produtores norte- americanos foram maiores, por terem sido utilizadas políticas de subsídios ao produto e aos insumos comercializáveis, e houve ausência de distorções nos sistemas de produção brasileiros. Os produtores americanos conseguiram competir com o produtor brasileiro, devido à subvenção que o governo norte- americano concedeu ao sistema produtivo. As políticas protecionistas norte- americanas deixam claro que, apesar de produzirem com custo superior ao brasileiro, os produtores americanos conseguem oferecer produtos a menores preços, o que obriga os produtores brasileiros a diminuírem os preços de oferta dos produtos para continuarem competitivos, o que diminui a rentabilidade dos produtores brasileiros. |