Promoção de crescimento de espécies florestais a partir da triagem e inoculação de consórcios microbianos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31431 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.157 |
Resumo: | Em novembro de 2015 ocorreu o rompimento da barragem do Fundão, localizada no distrito de Bento Rodrigues, Mariana-MG. O rompimento da barragem acarretou no derramamento de aproximadamente 50 milhões de m³ de rejeito de minério de ferro no Rio Doce, afetando grandes áreas de Mata Atlântica, incluindo áreas de preservação permanente associada e cursos d’água que resultou em depósito de lama e assoreamento de rios da bacia do Rio Doce. Nesse contexto, buscou-se mitigar os impactos e favorecer a biodiversidade dos solos afetados pelo rejeito de mineração, e os microrganismos do solo, tais como as PGPR (Plant Growth Promoting Rhizobacterias) e FMA (Fungos Micorrízicos Arbusculares) são instrumentos que auxiliam na recuperação de áreas degradadas, visto que eles desempenham funções ecossistêmicas importantes no solo. O objetivo deste trabalho foi investigar os mecanismos de promoção de crescimento de plantas de isolados de actinobactérias e diazotróficas provenientes de amostras de solo de área afetada pelo rompimento da barragem de rejeito de mineração, a fim de se formular consórcios de PGPR e FMA (on farm) a serem testados em três espécies florestais nativas de Mata Atlântica: Schizolobium parahyba (Vell.) Blake, Caesalpinia peltophoroides Benth e Albizia niopoides (Spruce ex Benth) Burkart. Os isolados foram triados in vitro quanto à fixação biológica de nitrogênio, solubilização de fosfato, produção de sideróforos e fitohormônios. Foram identificadas como pertencentes aos gêneros Bacillus, Luteibacter, Staphylococcus, Enterobacter, Lysinibacillus, Streptomyces, Leifsonia, Ponticoccus, Sulfitobacter e Kitasatospora. Dentre os 47 isolados testados, 78 % se apresentaram como fixadoras biológicas de nitrogênio, 40 % foram capazes de realizar solubilização de fosfato, 40 % são produtoras de sideróforos, 6 % produziram AIA, e, por fim, 95 % foram capazes de sintetizar giberelinas a taxas de concentração variando de 0,37 a 3,70 mg mL-1. Assim, com base nos melhores resultados para pelo menos 3 dos testes in vitro, foram formulados quatro consórcios PGPR: C1, C2, C3 e C4. No experimento in vivo, as sementes das espécies florestais foram germinadas e transplantadas para tubetes contendo substrato. As plantas submetidas a tratamento com FMA receberam 10 % de inóculo de FMA (v:v). Após cerca de 15 dias do transplantio para os tubetes foi realizada a inoculação de 108 UFC.mL-1 dos consórcios e de isolados bacterianos selecionados diretamente no substrato. As plantas foram mantidas em casa de vegetação, por 85 dias (Schizolobium parahyba (Vell.) Blake), 130 dias (Caesalpinia peltophoroides Benth) e 280 dias (Albizia niopoides (Spruce ex Benth) Burkart). O experimento foi conduzido em delineamento fatorial, PGPR e FMA. Não houve interação entre os fatores, porém todas as espécies florestais testadas responderam positivamente para a inoculação com FMA. As plantas inoculadas com FMA apresentaram aumento de crescimento maior que 50 % em relação à altura, diâmetro e massa seca da parte aérea. Assim, conclui-se que a inoculação com FMA (on farm) é uma boa alternativa para estimular o crescimento das espécies testadas. Palavras-chave: PGPR. FMA. Bioinoculantes. |