Disponibilidade e acúmulo de potássio, cálcio e magnésio em plantações de eucalipto em diversos sítios florestais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferreira, Paula Rodrigues de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5409
Resumo: O conhecimento das alterações dos teores de nutrientes nos compartimentos do solo, dadas pelas variações nas formas trocáveis e nãotrocáveis ao longo do tempo e a relação desses nutrientes com a exportação de nutrientes pelo eucalipto, podem permitir indicações seguras quanto ao uso dos solos, e consequentemente quanto aos sítios florestais em estudo e, como conseqüência, uma melhor adequação dos sistemas de manejo florestal. Assim, esse estudo teve os seguintes objetivos: avaliar a liberação de K, Ca e Mg em formas não-trocáveis em várias classes de solos cultivados com eucalipto; avaliar a relação entre os teores e conteúdos de K, Ca e Mg no eucalipto e as modificações ocorridas nas formas trocáveis e não-trocáveis desses nutrientes no solo; avaliar a capacidade dos solos em suprir esses nutrientes durante um ciclo de crescimento do eucalipto (2, 5 e 7 anos) e dentre os oito sítios selecionados para estudo, verificar quais apresentariam maior potencial de sustentar nutricionalmente os ciclos futuros. O trabalho foi realizado em povoamentos de Euclyptus grandis, localizados na região de Santa Bárbara, Minas Gerais. Os sítios selecionados para estudo abrangeram cinco classes de solos, em que o eucalipto foi plantado em 1996. Em 1998, em cada sítio foi demarcada uma parcela experimental de 60 x 60 cm, abrangendo 600 árvores no espaçamento 3 x 2 m. Nessas mesmas parcelas foram realizadas coletas de solo e planta em 2001 e 2003, resultando em três avaliações (1998, 2001 e 2003) correspondentes as idades de 2, 5 e 7 anos do povoamento. Foram realizadas análises químicas nas amostras de cada idade e também análises de solos referentes à: ataque ácido total, extração com HNO3 2 mol/L fervente, extração com resina de troca catiônica. Quatro árvores, de cada parcela e de cada idade, foram abatidas para determinação da produção de matéria seca. Cada árvore foi dividida em lenho, casca, folhas e ramos para realização das análises químicas de planta. A manta orgânica mais sub-bosque foram quantificados utilizando-se um quadrado de 0,5 x 0,5 m lançado aleatoriamente nos quatro quadrantes da parcela. Foram calculadas correlações entre as diferentes formas de K, Ca e Mg no solo e correlações entre produção de matéria seca e conteúdo de K, Ca e Mg na planta e os teores de K, Ca e Mg no solo. Com os resultados obtidos foi possível concluir que: extrações sucessivas com resina de troca catiônica foram eficientes em extrair apenas formas disponíveis de K e trocáveis de Ca e Mg; os solos que apresentaram minerais potássicos nas frações areia fina, silte e argila foram os que apresentaram maiores teores de K; ocorreram modificações nas formas de K, Ca e Mg no período de 2 a 7 anos de crescimento do eucalipto; todos os sítios estudados apresentaram solos com baixa capacidade de suprimento de K, Ca e Mg; os sítios que apresentaram maior produção de matéria seca não foram os que apresentaram maiores teores de K, Ca e Mg no solo; o Mg foi o nutriente com menor demanda pelo eucalipto e que apresentou os menores teores nos solos; os sítios apresentaram comportamentos diferentes com relação aos conteúdos de K, Ca e Mg devendo, portanto, serem manejados de acordo com a necessidade de cada um; as características físicas dos sítios Cururu e Valéria II P2 podem ser uma barreira para as produções futuras; o Ca é o nutriente que mais poderá comprometer a sustentabilidade dos sítios Valéria II P1, Valéria II P2, Vargem Alegre e Egas e o balanço de nutrientes mostrou que fertilizações deverão ser realizadas em todos os sítios visando maior produção no próximo ciclo.