O Mercosul e o desempenho do comércio intra-indústria do setor brasileiro de papel e celulose
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos Mestrado em Economia Aplicada UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/99 |
Resumo: | Neste trabalho, analisaram-se a evolução do fluxo comercial entre o Brasil e os demais partícipes do MERCOSUL, bem como o desempenho do comércio intra-indústria do setor brasileiro de papel e celulose, no período de 1990 a 2005. Para tanto, utilizaram-se como modelo teórico as teorias estratégicas de comércio e de integração regional. O referencial analítico utilizado constituiu-se dos índices de intensidade de comércio (IIC), de orientação regional das exportações (IOR), de Grubel e LLoyd ( GL ) e de Menon e Dixon. O cálculo do IIC apresentou valores maiores que 1, indicando que a formação do MERCOSUL contribuiu para que o comércio entre o Brasil e os demais membros fosse ampliado e que o bloco representa importante mercado para as exportações brasileiras de papel e celulose. Os valores do IOR indicaram que a produção de celulose apresentou orientação de comércio favorável às relações de trocas entre o Brasil e terceiros mercados, enquanto as produções de papel bruto e de artefatos de papel tiveram suas exportações orientadas para as trocas intrabloco. O padrão de comércio entre o Brasil e o Resto do Mundo, para o setor de papel e celulose, foi determinado, em grande parte, pelo padrão de comércio observado no segmento de produção de papel bruto, que após a consolidação do MERCOSUL, em 1994, mostrou-se predominantemente do tipo intra-indústrial. A grande participação da Argentina no fluxo comercial do bloco foi comprovada através do padrão semelhante de comércio verificado nas relações comerciais Brasil Argentina e Brasil MERCOSUL. Em ambos, o setor foi caracterizado, a partir de 1995, como intraindústria, contrariando o comportamento interindustrial observado, em todo o período de análise, nos segmentos de produção de papel bruto e artefatos de papel, e, a partir de 1998, na produção de celulose. Apesar de ter apresentado a mesma tendência, o segmento de papel bruto não foi capaz de definir o comportamento do setor. O comportamento do fluxo de comércio Brasil - Paraguai para o setor apresentou a mesma tendência interindustrial dos segmentos produtivos, enquanto no fluxo comercial Brasil - Uruguai, ficou evidente a predominância, a partir de 1995, do comércio intra-indústria. Novamente, foi a produção de papel bruto que determinou a tendência do índice GL , bem como o padrão de comércio do setor. Por fim, conclui-se que a desagregação por segmentos produtivos possibilitou determinar, com maior precisão, o padrão de comércio do setor, bem como a importância do segmento de papel bruto como impulsionador do comércio intra-indústria. Sugerem-se medidas que visem estimular as exportações do segmento de produção de celulose para o bloco, bem como as exportações totais dos segmentos de produção de papel bruto e artefatos de papel, caracterizados por produtos diferenciados que agregam maior valor às exportações e possuem estabilidade na formação dos preços. |