Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Leite, Natália Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/26641
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Resumo: |
A obtenção de linhagens resistentes de insetos-praga em laboratório pode ser usada como uma importante ferramenta na análise de risco de resistência de insetos e na elaboração, teste e aprimoramento de estratégias de manejo da resistência de insetos às plantas transgênicas. No Brasil, desde a safra 2009/2010 tem-se utilizado com eficiência o milho expressando a toxina Cry1F, derivada da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), para o manejo da lagarta-do- cartucho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae). O fato de S. frugiperda ser multivoltina no Brasil, associado ao seu histórico de desenvolvimento de resistência a diferentes classes de inseticidas sintéticos, a constante exposição de populações a toxinas Bt em eventos transgênicos e a elevada adoção da tecnologia gera preocupação relacionada ao potencial de evolução de resistência dessa praga a toxinas Bt, especialmente em áreas em que práticas de manejo de resistência não sejam adotadas adequadamente. Nesse sentido, objetivou-se nesse trabalho obter uma linhagem resistente de S. frugiperda à toxina Cry1F, a fim de determinar a herança da resistência, o seu custo adaptativo e a resistência cruzada a outras toxinas de Bt. Durante o processo de seleção em laboratório, a exposição crônica de S. frugiperda a folhas de milho expressando a toxina Cry1F foi mais eficiente que a exposição gradual na seleção de indivíduos resistentes, sendo que com apenas quatro gerações de seleção foi obtida uma linhagem com elevada sobrevivência a exposição a Cry1F, semelhante a insetos controle mantidos sem pressão de seleção. Os dados de sobrevivência de insetos recuperados de plantas de milho expressando Cry1F em casa de vegetação comprovaram o sucesso da seleção dos mesmos. Ensaios de resistência cruzada em casa de vegetação demonstraram que a seleção para resistência a Cry1F não afetou a sobrevivência da linhagem selecionada no milho que expressa Cry1Ab e naquele que expressa conjuntamente Cry1Ab.105 e Cry2Ab2, indicando não haver resistência cruzada entre tais toxinas e Cry1F. Cruzamentos recíprocos entre as linhagens susceptível e selecionada para resistência a Cry1F e cálculos de dominância revelaram que a resistência é de caráter autossômico e incompletamente recessivo ou aditivo. Entretanto, é possível que o cálculo de dominância esteja superestimado devido à origem da linhagem susceptível. Além disso, não foi detectado custo adaptativo associado à resistência. Este é o primeiro estudo realizado no Brasil que mostra que S. frugiperda responde a pressão de seleção para resistência à toxina Cry1F e os resultados dessa investigação têm implicações práticas ao manejo da resistência, os quais são discutidos nessa dissertação. A disponibilidade dessa linhagem resistente possibilitará o seu uso para refinar recomendações de estratégias de manejo da resistência de S. frugiperda ao milho transgênico expressando toxinas de Bt. |