Desverticalização da cadeia produtiva de móveis: um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Almeida, Luciana Baldez de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9161
Resumo: O setor moveleiro de Ubá e região está estruturado de forma verticalizada havendo, portanto, poucos encadeamentos produtivos intra-setoriais. A literatura aponta que a desverticalização do setor pode tornar o pólo mais competitivo, atingindo maior eficiência e causando maior fortalecimento da região. Para avaliar a veracidade dessa hipótese, verificaram-se os possíveis efeitos da desverticalização para a lucratividade das empresas envolvidas. Assim, os objetivos da pesquisa foram avaliar as conseqüências da estratégia de desverticalização em cadeias moveleiras, caracterizando os sistemas de gerenciamento da cadeia moveleira do Pólo de Ubá e região; identificando e caracterizando os fatores relacionados com a estratégia de desverticalização e sua conseqüência para o lucro de empresas produtoras de móveis escolhidas dentro do setor. Para atender a esses objetivos, primeiramente traçou-se o perfil do pólo com base em uma amostra de empresas e, a seguir, realizou-se um estudo de caso múltiplo em duas empresas. A metodologia usada para esse estudo de caso foi a Dinâmica de Sistemas. Com base no perfil da amostra, pôde-se verificar por meio de diversos modelos de decisão de Fazer versus Comprar que a desverticalização é o caminho a ser seguido pelas empresas constituintes do Pólo Moveleiro de Ubá e região. Mas devido à limitação desses métodos teóricos em avaliar o processo de terceirização num contexto dinâmico e sua incapacidade de avaliação dos efeitos das inter-relações das variáveis determinantes da decisão de terceirização, houve a necessidade de construção de um modelo dinâmico, o qual foi aplicado em duas empresas representativas do pólo. A partir desse modelo, nota-se que as variáveis que mais afetam a decisão de desverticalização são o custo e a qualidade. Por sua vez, a variável aumento de capacidade de produção assume importância secundária. Como conclusão principal do modelo, verifica- se que, caso não haja diferenças de qualidade entre as estratégias, níveis mais elevados de terceirização serão preferíveis do que níveis menores, sempre que a terceirização permitir uma redução de custos totais de produção. Por sua vez, se as estratégias implicam em níveis diferentes de qualidade, ora a variável custo, ora a variável qualidade terão maior peso na decisão de terceirização, dependendo das características de cada caso. Dado que custo e qualidade são as variáveis que mais afetam a decisão de desverticalização, deve haver maior incentivo à criação de fornecedores terceirizados que sejam eficientes no sentido de fornecer produtos de qualidade e a custos competitivos. Caso isto ocorra, haverá benefícios importantes na lucratividade das empresas envolvidas e, conseqüentemente, em sua competitividade. Caso contrário, continuará a existir uma tendência a verticalização da cadeia e impossibilidade de apropriação desses benefícios.