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Efeito do aumento da ingestão de cálcio em dietas restritas em calorias nos marcadores de glicação e de estresse oxidativo e nos indicadores alimentares em adultos com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Julia Silva e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28071
Resumo: Introdução: Dietas ricas em cálcio alimentar e restritas em calorias melhoraram o controle glicêmico e reduzem componentes da síndrome metabólica em indivíduos com diabetes tipo 2. No entanto, o efeito dessas intervenções nos marcadores de glicação, estresse oxidativo e indicadores alimentares não está bem elucidado. Objetivos: Analisar criticamente artigos sobre efeito da restrição alimentar de produtos finais de glicação avançada (AGEs) na inflamação, no estresse oxidativo e no controle glicêmico; e avaliar o efeito do aumento da ingestão de cálcio associado a dietas restritas em calorias nos marcadores de glicação, de estresse oxidativo e nos indicadores alimentares em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2. Métodos: Conduzimos uma revisão sistemática segundo a metodologia do PRISMA, utilizando os termos “Type 2 Diabetes”, “Glycation End Products, Advanced” e “Diet”. Realizamos também um estudo baseado na análise secundária obtida de um estudo clínico, crossover, envolvendo adultos com diabetes mellitus do tipo 2 com excesso de peso e baixa ingestão habitual de cálcio. Os participantes receberam shake rico em cálcio (MD 700 mg de Ca/por dia) ou pobre em cálcio (CD 6,4 mg/dia), além de recebem dietas restrição de 500 kcal/dia, por 12 semanas consecutivas. A ingestão alimentar, a antropometria, a composição corporal e as concentrações dos marcadores de glicação, de controle glicêmico e de estresse oxidativo foram avaliadas no baseline e na 12ª semana. Artigo 1: Effect of dietary advanced glycation products restriction on type 2 diabetes mellitus control: a systematic review. Resultados: A maioria dos estudos indicou redução na insulina sérica, HOMA-IR, hemoglobina glicada e em pelo menos um tipo de AGEs séricos, após o consumo de dietas restritas em AGEs. Entretanto, os resultados foram conflitantes considerando marcadores do controle glicêmico, marcadores de glicação, estresse oxidativo e inflamação. Artigo 2: Aumento da ingestão de cálcio proveniente de leite desnatado em dietas com restrição de calorias reduz marcadores de glicação e de estresse oxidativo em adultos com diabetes tipo 2 e excesso de peso: uma análise secundária dos dados de um estudo crossover. Resultados: Fase MD reduziu concentrações séricas de AGEs, catalase e óxido nítrico, e aumentou de superóxido dismutase e a capacidade antioxidante total do plasma. AGEs se correlacionaram positivamente a triglicerídeos, índice de adiposidade visceral (VAI), magnésio e 25-hidroxivitamina D; e negativamente a HDL-c. O receptor solúvel para AGEs (sRAGE) se correlacionou positivamente com IMC, gordura corporal, perímetro da cintura, insulina, HOMA-IR, HOMA2-IR, índice triglicerídeos glicose (TyG-IMC, TyG-WC e TyG-WHtR) e VAI; e negativamente com massa livre de gordura, frutosamina, HOMA-%S, HOMA2-%S. Artigo 3: Efeito do aumento da ingestão de cálcio de leite desnatado associado a dietas restritas em calorias nos indicadores alimentares em indivíduos com excesso de peso e diabetes mellitus tipo 2: uma análise secundária dos dados de um estudo clínico randomizado. Resultados: Ambas fases reduziram o índice glicêmico (IG), e a carga de insulina alimentar (CIA) da fase MD foi menor que da fase CD, após 12 semanas. Os AGEs séricos foram menores na fase MD e se correlacionaram positivamente à carga glicêmica (CG), à CIA e aos AGEs alimentares. Os sRAGE apresentaram correlação positiva com a CG e com o Δ percentual calórico de ultraprocessados. Conclusão geral: Os resultados dos estudos sobre o efeito da restrição dos AGEs alimentares sobre a inflamação, o estresse oxidativo e a glicemia (jejum e pós-prandial) são conflitantes. Apesar disso, a maioria dos estudos (seis dos sete estudos selecionados para nosso estudo de revisão) indicou uma redução nas concentrações séricas de pelo menos um marcador de glicação após o consumo de dieta restrita em AGEs em indivíduos com diabetes tipo 2. Em nossos estudos de intervenção, verificamos que o consumo de aproximadamente 1.200 mg/dia de cálcio (3 porções de leite desnatado) reduziu as concentrações de AGEs, enquanto os resultados de marcadores de estresse oxidativo foram inconsistentes. Os AGEs séricos se correlacionaram positivamente a marcadores de resistência à insulina, de dislipidemia e do metabolismo do cálcio. Por outro lado, as correlações do sRAGE com tais marcadores não foram consistentes. A redução no IG e CIA parecem refletir o efeito da melhoria da qualidade da dieta, promovido pelo aumento do consumo de cálcio proveniente de leite desnatado e pelas sessões de educação nutricional. Além disso, as concentrações séricas de marcadores de glicação se correlacionaram positivamente à piora dos indicadores alimentares em indivíduos com excesso de peso e diabetes tipo 2. Palavras-Chave: Cálcio alimentar. Diabetes mellitus tipo 2. Estresse oxidativo. Produtos finais de glicação avançada. Produtos lácteos. Restrição calórica. Receptor solúvel para produtos finais de glicação avançada.