Toxicidade, citopatologia no intestino médio, resposta comportamental e respiratória de Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae) após exposição a inseticidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Castro, Bárbara Monteiro de Castro e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/23995
Resumo: Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) é a principal desfolhadora de plantas de soja e seu controle é feito, principalmente, pelo uso de inseticidas. Bioinseticidas e plantas transgênicas, baseados em toxinas de Bacillus thuringiensis (Bt), são importantes para o manejo de A. gemmatalis. Clorantraniliprole é um inseticida recomendado para programas de manejo integrado dessa praga na soja por possuir baixa toxicidade para organismos não alvos. A interação desses produtos com células do intestino médio de lagartas determina sua eficácia inseticida. O objetivo foi avaliar a toxicidade e as alterações citopatológicas mediadas por B. thuringiensis, var. kurstaki, linhagem HD-1 e o inseticida clorantraniliprole no intestino médio de lagartas de A. gemmatalis, além de verificar as alterações comportamentais e na taxa respiratória de lagartas mediadas pelo clorantraniliprole. A eficácia dos inseticidas foi determinada calculando os valores das concentrações letais (CL 25 , CL 50 , CL 75 , CL 90 e CL 99 ) em laboratório. Intestino médio de A. gemmatalis foi extraído após ingestão dos inseticidas e avaliado por microscopia de luz, eletrônica de transmissão e confocal. O comportamento das lagartas após ingestão do clorantraniliprole foi analisado por sistema de rastreamento em vídeo e a taxa respiratória com respirômetro. Bacillus thuringiensis e clorantraniliprole induziram a citotoxicidade das células epiteliais do intestino médio de A. gemmatalis causando desorganização celular, degeneração das microvilosidades, fragmentação e protrusão de células, desorganização da matriz peritrófica e vacuolização celular. Células expostas ao Bt apresentaram núcleos com cromatina condensada e a quantidade de lisossomos foi aumentada. Apoptose ocorreu nas células do intestino médio de lagartas expostas ao Bt e resposta regenerativa foi observada 8 horas após a exposição ao entomopatógeno, no entanto, essa resposta não foi contínua. Secreção apócrina foi expelida do epitélio para o lúmen após exposição ao clorantraniliprole. Lagartas expostas ao clorantraniliprole apresentaram maior período de repouso e redução na distância e velocidade de caminhamento e nas taxas respiratórias. Clorantraniliprole e toxinas produzidas por Bt são nocivos a A. gemmatalis em concentrações letais médias provocando mudanças histológicas e ultraestruturais severas com degeneração do epitélio do intestino médio. O clorantraniliprole reduz as taxas respiratórias e induz resposta comportamental arrestante desse inseto.