Subsídios para o manejo cultural e fitopatológico de Cyrtopodium cardiochilum (Orchidaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Brenda Ventura de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4411
Resumo: Cyrtopodium cardiochilum é uma orquídea nativa que apresenta potencial para produção de extratos para uso cosmético e farmacêutico. Devido ao seu interesse comercial e a ausência de informações na literatura a respeito dos aspectos fitotécnicos e fitopatológicos relacionados à mesma, o presente estudo teve como objetivo gerar informações que contribuam para a domesticação dessa orquídea e seu manejo. Avaliaram-se alguns substratos e combinações: brita de gnaisse, argila expandida, seixo rolado, coco em cubos (coxim) e vermiculita para o cultivo de C. cardiochilum. Todos os substratos analisados mostraram-se adequados, destacandose a mistura de argila + brita na proporção de 1:1 (v/v). Buscou-se também um fertilizante multi-nutriente compativél em função da demanda nutricional de C. cardiochilum e testou-se o efeito de diferentes doses desse fertilizante sobre o crescimento de plantas de C. cardiochilum. E por meio da análise de curva de doseresposta inferiu-se que a dose que resultou na máxima produção foi a de 100 mg/vaso/semana. Avaliou-se diferentes combinações de carvão ativado, sacarose e sais do meio Suprimento (S) com a finalidade de se determinar a composição mais favorável para a produção de plântulas de C. cardiochilum in vitro. As concentrações de 3,0 g L-1 de carvão ativado, 33 g L-1 de sacarose e 3,2 g L-1 de sais do meio S respectivamente, proporcionaram as maiores produções de massa de matéria seca de plântulas. Também foi feito um levantamento preliminar da micobiota fitopatogênica associada a C. cardiochilum. Foram encontradas seis espécies fúngicas: Sphenospora kevorkianii, Colletotrichum fructicola, Fusarium solani, Bionectria ochroleuca, Botrytis cinera e Alternaria sp. As quatro primeiras espécies fúngicas foram considearadas as mais importantes tendo sido caracterizadas morfologicamente. Metódos moleculares foram utilizados para esclarecer a identidade de C. fructicola, F. solani e B. ochroleuca. Finalmente, avaliou-se a eficiência de fungicidas no controle de podridões causadas por F. solani e B. ochroleuca em condições in vitro e in vivo. No ensaio in vitro foram analisados 4 ingredientes ativos (tiram, tiofanato metílico, captan e metalaxyl- M + mancozeb). Tanto para F. solani quanto para B. ochroleuca, tiram e tiofanato metílico na concentração de 0,05 g 100 mL-1, 0,025 g 100 mL-1, respectivamente foram eficazes no controle do crescimento micelial. Para o controle químico in vivo realizou-se previamente um teste para escolher um ou mais gêneros de orquídea para servirem de substitutos para C. cardiochilum nos ensaios in vivo, uma vez que há pouca disponibilidade de plantas dessa espécie para uso em experimentos. Realizou-se também um experimento visando avaliar o efeito de inoculações com diferentes concentrações de inóculo, com o objetivo de se determinar qual aquela apropriada para inoculação dos fungos no experimento de controle químico in vivo. Dentre os nove gêneros de orquídeas testados como possíveis substitutos para C. cardiochilum, Cattleya e Laelia foram os gêneros escolhidos como modelos. Todas as concentrações de inóculo de F. solani e B. ochroleuca analisadas (103, 104, 105 e 106 esporos⁄mL) foram capazes de causar necroses nas raízes do híbrido de Cattleya utilizado (Laeliacattleya Tropical Sunset x Brassolaeliacattleya Chian T3Y Beauty). Avaliou-se os ingredientes ativos tiram e tiofanato metílico na concentração de 0,05 g 100 mL-1 e 0,025 g 100 mL-1 respectivamente, no controle de F. solani e B. ochroleuca in vivo (em plantas infectadas). Porém, os resultados deste experimento foram inconclusivos, uma vez que as plantas inoculadas não desenvolveram sintomas de doenças. Portanto, experimentos futuros serão realizados para tentar esclarecer a lacuna deixada por esta parte do trabalho.