Efeito do tamanho efetivo e de sistemas de acasalamento no incremento de endogamia em populações sob seleção, utilizando-se simulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Pereira Filho, José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5840
Resumo: Dados simulados através do programa GENESYS (EUCLYDES, 1996) foram utilizados com o objetivo de avaliar o efeito de quatro tamanhos efetivos, quatro tipos de acasalamento e dois sistemas de seleção sobre o coeficiente de endogamia após cinco, dez e trinta gerações de seleção. Foi simulado um genoma formado por 30 pares de cromossomos autossômicos com 400 locos quantitativos dialélicos e somente os efeitos aditivos dos genes. Duas populações-base foram criadas com uma única característica quantitativa de herdabilidades 0,10 e 0,50. A partir das populações-base foram obtidas duas populações iniciais que deram origem às populações de seleção. Estas populações foram selecionadas com base na seleção individual (SI) e na melhor predição linear não-viesada (BLUP) e submetidas a quatro tipos de acasalamento: a) reprodutores acasalados aleatoriamente (RAA); b) exclusão de acasalamentos entre irmãos completos e meio-irmãos (EICMI); c) melhores machos com melhores fêmeas (MMMF); e d) acasalamento compensatório (AC). Os tamanhos efetivos de população utilizados foram (Ne): TE1=30, TE2=60, TE3=120, e TE4=240 e o número de machos selecionados, por geração, foram (Nm): 10, 20, 40 e 80 e o de fêmeas (Nf): 30, 60, 120 e 240, que correspondem, respectivamente, aos tamanhos efetivos. Para todas as populações selecionadas o valor de razão sexual (d=Nf/Nm) foi igual a 3 e as intensidades de seleção foram de im=1,51 para os machos e de if=0,80 para as fêmeas. Cada fêmea produziu quatro descendentes, totalizando 120, 240, 480 e 960 indivíduos por geração. O processo de seleção foi simulado por 30 gerações consecutivas e para diminuir os efeitos da oscilação genética foram feitas 20 repetições por geração. O coeficiente de endogamia média, os valores fenotípicos médios e a eficiência do BLUP foram os parâmetros genéticos avaliados. O BLUP foi o método de seleção que levou a maiores ganhos genéticos sendo também o que apresentou os maiores coeficientes de endogamia média. A eficiência do BLUP foi superior a da seleção individual, principalmente na herdabilidade baixa (h²=0,10). O tamanho efetivo da população foi o fator que mais influenciou o coeficiente de endogamia, onde os incrementos de endogamia diminuíram à medida que o tamanho aumentou, atingido os menores valores nas populações de tamanho efetivo Ne=240, após 30 gerações de seleção. O sistema de acasalamento de melhores machos com melhores fêmeas (MMMF) foi o que proporcionou maiores valores de endogamia média, ao final de trinta gerações de seleção pelo BLUP, seguido do sistema de reprodutores acasalados aleatoriamente (RAA) e logo após pelo sistema que exclui o acasalamento entre irmãos completos e meio-irmãos (EICMI). O sistema de acasalamento compensatório (AC) foi o que se mostrou mais eficiente em evitar o aumento do coeficiente de endogamia média, principalmente utilizando a metodologia do BLUP na característica de alta herdabilidade (h²=0,50), apresentando pequena diminuição no valor fenotípico médio em relação aos outros sistemas de acasalamento.