Características morfogênicas e estruturais e produção de forragem nos capins marandu e mombaça submetidos a diferentes intensidades e freqüências de desfolhação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Marcelino, Kênia Régia Anasenko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11255
Resumo: Este trabalho foi conduzido em área do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, no período de março de 2002 a março de 2003, com o objetivo de avaliar a influência de diferentes intensidades e freqüências de desfolhação nas características morfogênicas e estruturais, no perfilhamento e na produção de forragem das gramíneas Brachiaria brizantha (A. Rich.) Stapf cv. Marandu e Panicum maximum Jacq. cv. Mombaça. As intensidades de desfolhação corresponderam a duas alturas de corte – 10 e 20 cm para o capim-marandu e 25 e 50 cm para o capim- mombaça – e as freqüências de desfolhação, a três intervalos de cortes, definidos pelo aparecimento de folhas (ponta visível da folha), que foram de 5, 7 e 9 folhas surgidas para o capim-marandu e de 4, 6 e 8 folhas para o capim-mombaça após cada desfolhação. Para o período outono/inverno, foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualizado, com nove repetições, e para o período primavera/verão, um arranjo fatorial 2 x 3, segundo delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, totalizando 18 unidades experimentais por gramínea. Foram realizados dois cortes no tratamento mais freqüente e um corte para os demais. Observou-se que as maiores intensidades de desfolhação proporcionaram maior renovação de tecidos foliares nos capins marandu e mombaça e, aliadas a maiores freqüências de desfolhação, condicionaram ao dossel perfilhos mais jovens, que se desenvolveram em ambiente com menor competição por luz. A menor intensidade de desfolhação favoreceu a passagem dos perfilhos da fase vegetativa para a reprodutiva, aumentando a proporção de colmos e de material morto na forragem produzida. As condições climáticas influenciaram as características morfogênicas e estruturais e a produção de forragem, sugerindo a adoção de diferentes estratégias de desfolhação, em função das diferentes estações climáticas. Para o capim-marandu, no período de outono/inverno, deve-se utilizar maior intensidade de desfolhação, visando reduzir a quantidade de colmos e de material morto na forragem, sendo que, no período primavera/verão, essa intensidade de desfolhação (10 cm) também seria indicada. Entretanto, essa recomendação deve ser aplicada quando da utilização de maiores freqüências de desfolhação, ao passo que, em freqüências de desfolhação menores, o corte a 10 cm poderá proporcionar redução na quantidade de forragem produzida, principalmente na freqüência de 7 folhas. Apesar da elevada quantidade de forragem produzida no corte a 20 cm e com freqüência de 7 folhas, observou-se que as características morfogênicas e estruturais, o perfilhamento e acúmulo de forragem, nos cortes mais freqüentes, foram as que apresentaram, além de alta renovação de tecidos, elevada produção de forragem, com grande quantidade de folhas e menor quantidade de colmos e de material morto, condicionando a esse tratamento melhor eficiência na produção de forragem. Para o capim-mombaça, no período outono/inverno, as taxas de perfilhamento no corte a 25 cm, em algumas épocas de avaliação, apresentaram-se mais satisfatórias e, associadas a maior aparecimento, resultaram em menor mortalidade e maior sobrevivência de perfilhos. No período primavera/verão, nessa intensidade de desfolhação, notou-se maior produção de forragem e de lâminas foliares, em decorrência da maior densidade populacional de perfilhos. Porém, nessa intensidade, observou-se também maior produção de colmos e de material morto, o que poderia ser ajustado pelo controle na freqüência de desfolhação, devido à adaptação plástica da planta. Nas diferentes freqüências de desfolhação, nos cortes mais freqüentes, além da elevada quantidade de forragem produzida, com grande proporção de lâminas e menor proporção de colmo, este corte também proporcionou a maior renovação de perfilhos, especialmente por ter permitido a realização de dois cortes. Assim, cortes mais freqüentes (5 folhas), na intensidade de desfolhação de 25 cm, apresentaram os melhores resultados de produção eficiente de forragem para o capim-mombaça.