Morfologia dos ovos e tegumento de Harpactor angulosus (Lepeletier & Serville, 1825) (Hemiptera: Reduviidae)
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3928 |
Resumo: | Harpactor angulosus (Lepeletier and Serville, 1825) (Reduviidae: Harpactorinae) é um predador generalista exclusivo do continente americano e encontrado alimentando-se de lagartas de Lepidoptera praga do eucalipto. Informações sobre a biologia e aspectos comportamentais desse predador são escassas e seus ovos foram descritos superficialmente. Além disso, esta espécie apresenta a partir do terceiro estádio, material particulado esbranquiçado aparentemente ceroso cobrindo os segmentos do corpo e conferindo coloração cinza a este inseto. Este estudo analisou a morfologia de ovos de H. angulosus e identificou as estruturas envolvidas na produção do material ceroso e sua composição química. Ovos de H. angulosus recém-ovipositados têm coloração marrom e aspecto translúcido, tornando-se negros e opacos com o desenvolvimento embrionário. A forma do ovo foi oval, com leve achatamento lateral, superfície do cório com inúmeros poros, pólo posterior arredondado e no pólo anterior podem ser diferenciadas a região do colo, borda corial e apêndice anterior. O pólo anterior apresentou, externamente, a região do colo pouco pronunciada, sem a formação de colarinho e a borda corial reduzida e, internamente, uma faixa de vedação larga. O apêndice anterior nos ovos de H. angulosus foi incompleto, sem ligação entre o véu e a extensão opercular. As aerópilas apresentaram forma de tubos, originando-se na parte mediana do véu e estendendo-se até a faixa de vedação. O opérculo, observado após a eclosão do inseto, era circular e a superfície externa foi formada por uma projeção reticulada com aspecto foliar poroso e tamanho variável. Ninfas de H. angulosus deixaram uma exúvia embrionária no interior do ovo após a eclosão, a qual não apresentou estruturas especializadas que auxiliam no processo de eclosão, como dentes ou espinhos. A ecdise embrionária ocorreu em embriões de H. angulosus sete dias após a deposição do ovo. O tegumento das ninfas de quarto estádio de H. angulosus não apresentou estruturas especializadas e as partículas de cera foram secretadas na forma de filamentos. Ninfas do terceiro ao quinto estádio e fêmeas adultas, todas com 24 e 72 horas de emergência, apresentaram epiderme com aspecto diferenciado daquela de ninfas de primeiro e segundo estádios com, também, 24 e 72 horas de emergência. Indivíduos do primeiro grupo apresentaram epiderme formada por camada única de células colunares enquanto em ninfas de primeiro e segundo estádios a epiderme apresenta células achatadas. A epiderme dos indivíduos produtores de cera foi negativa para os testes histoquímicos para detecção de carboidratos e proteínas. Mas as características estruturais da epiderme, a natureza lipídica dos componente s químicos identificados na cera de H. angulosus e a presença de grânulos de lipídios sugerem o metabolismo de lipídios na epiderme de ninfas do terceiro ao quinto estádio e fêmeas adultas, todas com 24 e 72 horas de emergência. |