Morfogênese in vitro, análise fitoquímica e caracterização anatômica de nim (Azadirachta indica A. Juss)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rodrigues, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Nim
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2516
Resumo: A espécie Azadirachta indica A. Juss, conhecida popularmente por nim, pertence à família Meliaceae, a qual apresenta grande potencial para a produção de azadirachtina (AZA); contudo, possui sementes recalcitrantes, polinização do tipo cruzada e teor variável de AZA. Com o objetivo de se entender os fatores que limitam o crescimento dessas plantas in vitro e a variação nos teores de AZA, foram conduzidos quatro experimentos: i) A propagação in vitro de nim pela cultura de segmentos nodais coletados; ii) Avaliação das anatômicas foliares de plantas cultivadas em três ambientes distintos (in vivo, in vitro e aclimatizado) por meio da técnica de micromorfometria; iii) Avaliação dos teores de AZA foram determinados por meio de Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC) em calos cotiledonares, cultivados em meio líquido WPM na ausência e presença de glicose (fonte de carbono), caseína hidrolisada (fonte de nitrogênio) e metil jasmonato (agente elicitor); iv) A propagação de embriões somáticos a partir de calos cotiledonares. Constatou-se que o meio MS apresentou os melhores resultados de taxa de brotação, número de folíolos e tamanho médio dos explantes em relação aos demais meios de cultivo (WPM e JADS). Não foi induzido enraizamento in vitro dos brotos, porém, o sistema radicular se desenvolveu ex vitro, durante a aclimatização, apresentando taxa de sobrevivência das mudas de 80%. Foi também analisado o conteúdo de lipídios gerais, óleos essenciais e óleos resinas, tanino e mucilagem. Verificou-se diferenças significativas na altura entre os tecidos foliares avaliados, epiderme adaxial e abaxial, assim como no mesofilo nos três ambientes de cultivo. Os testes histoquímicos evidenciaram que há produção de lipídios gerais, óleos essenciais e taninos em idioblastos foliares de nim enquanto o teste para mucilagem foi negativo nos três ambientes avaliados. As maiores concentrações de AZA (média de 0,2470 μg g-1) foram produzidas na primeira e segunda semana de cultivo na presença dessas três substâncias, demonstrando o efeito sinérgico quando a massa celular foi cultivada em meio suplementado com essas substâncias. Os calos apresentaram alta capacidade de propagação pelas duas vias regenerativas, organogênese e embriogênese a partir do quarto subcultivo, em meio WPM, apresentando as maiores taxas de brotação e germinação de embriões somáticos. Os calos passaram do aspecto liso para o granular ao longo dos subcultivos, enquanto que a coloração passou de marrom escuro para marrom claro e branco. A partir do sétimo subcultivo, houve redução brusca quanto à taxa de regeneração in vitro para ambos os tipos de calos cotiledonares de nim. Portanto, esse trabalho colaborou para maior entendimento das técnicas biotecnológicas visando a propagação in vitro, cultivo de células para produção de AZA e aspectos anatômicos de A. indica.