A sinalização diferencial de auxina mediada por diageotropica e entire modula a tolerância ao alumínio em tomate (Solanum lycopersicum L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Regiane Kelly Gonzaga e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28038
Resumo: Solos ácidos (pH ≤ 5,5), associados a limitações nutricionais e hídricas são as maiores restrições à produção agrícola. Em solos ácidos o alumínio (Al) destaca-se como um dos maiores problemas por se encontrar solubilizado em sua forma catiônica rizotóxica Al 3+ . Essa forma, tóxica para a maioria das plantas, leva à inibição do alongamento radicular e, consequentemente, reduz a absorção de água e nutrientes. A auxina é um hormônio vegetal de importância crucial para diferentes aspectos do crescimento vegetal, apresentando influência direta no crescimento radicular. Tem sido demonstrado também que a inibição do crescimento radicular modulada por Al parece interagir com as vias de sinalização de auxina. Nesse contexto, a modulação das vias de biossíntese e/ou sinalização de auxina apresenta-se como uma oportunidade para modular o desempenho vegetal em resposta ao Al 3+ . Assim, o papel da percepção/sinalização diferencial de auxina em respostas à toxicidade por Al foi investigado em tomateiro (Solanum lycopersicum cv. Micro-Tom). Para tanto, plantas com baixa percepção de auxina, diageotropica (dgt) e com sinalização aumentada de auxina, entire (AUX/IAA9), foram submetidas a diferentes doses de Al 3+ (25 e 100 μM) e sua resposta analisada em detalhes. Foi possível observar que a redução na percepção de auxina (dgt) levou a uma maior sensibilidade ao Al, ao passo que o aumento na sinalização (entire) promoveu uma maior tolerância ao Al 3+ . Tais respostas foram mediadas, em larga extensão, por mudanças no metabolismo central, observadas por alterações na capacidade de usar reservas (e.g. açúcares, proteínas e aminoácidos) que, em última instância, afetaram o crescimento radicular. Plantas entire (tolerantes ao Al 3+ ) foram caracterizados por pequenos distúrbios no metabolismo central (e.g. fotossíntese e respiração), ao passo que plantas selvagem (Micro-Tom) e dgt (genótipos sensíveis Al 3+ ) foram caracterizadas por impactos significativos no metabolismo primário e no ciclo celular após exposição ao Al. Os resultados aqui obtidos sugerem que a modulação das vias de sinalização de auxina pode, portanto, fornecer uma oportunidade para melhorar o desempenho de culturas de importância agrícola em resposta ao estresse por Al 3+ , e que as alterações fisiológicas e metabólicas observadas parecem estar relacionadas, em larga escala, com a disponibilidade de energia para o reparo do DNA e o ciclo celular. Palavras-chave: Hormônios vegetais. Crescimento radicular. Metabolismo central. Toxidez.