Germinação e mobilização de reservas de sementes de macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Martius)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Bicalho, Elisa Monteze
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4556
Resumo: Os objetivos desse trabalho foram estudar o processo germinativo de macaúba por meio das atividades das enzimas degradativas de mananos, e quantificar o teor de mananos presentes nas células do endosperma. Além disso, estudou-se a dinâmica de mobilização das reservas lipídicas, protéicas e amiláceas por meio de análises bioquímicas e histoquímicas. As sementes foram submetidas ao protocolo de superação de dormência para espécies do gênero Acrocomia (registro de patente: PI0703180-7) e o processo germinativo de macaúba foi acompanhado durante 29 dias. As análises foram realizadas em embrião ou haustório e endosperma adjacente separadamente. As atividades das enzimas de degradação de mananos foram realizadas por métodos colorimétricos em espectrofotômetro utilizando-se como substratos goma-guar, para o ensaio de β-mananase e β-manosidase, e para-nitrofenil α-D-galactopiranosídeo (pNPGal), para o ensaio de α- galactosidase. O teor de mananos foi realizado por cromatografia gasosa, o delipídios por método gravimétrico em aparelho de Soxhlet, o de amido por método fenol-sulfúrico e o de proteínas solúveis por reagente de Bradford. Foram realizados os testes histoquímicos de corifosfina para pectinas, Sudan Black B para lipídios totais, lugol para detecção de amido, XP para proteínas e safrablau para coloração e caracterização. As atividades de β- mananase, β-manosidase e α-galactosidase foram maiores no endosperma que no embrião ou haustório durante todo o período germinativo estudado. As atividades das enzimas aumentaram no endospermaapós a protrusão do pecíolo cotiledonar enquanto que no embrião/haustório somente a atividade da β-mananase e β-manosidase foi aumentada. Ao mesmo tempo, o teor de mananos no endosperma foi reduzido. O teor de lipídios foi reduzido no embrião a partir da protrusão do pecíolo cotiledonar, mas aumentou no endosperma durante o período estudado. O teste de Sudan Black B demonstrou a redução de quantidade e tamanho dos corpos lipídicos no embrião. A partir da protrusão do pecíolo cotiledonar foram identificados grãos de amido, marcados com o teste de lugol, sendo formados no haustório e aumentando em quantidade até o fim das avaliações. O teor de amido no embrião/haustório aumentou exponencialmente a partir da protrusão do pecíolo cotiledonar. Não foi detectado amido pelo teste de lugol no endosperma. O teor de proteínas decaiu continuamente no embrião/haustório desde o início da embebição, entretanto, não foi alterado no endosperma. O teste de XP demonstrou perda de coloração dos corpos protéicos no embrião/haustório ao longo do tempo. Os resultados sugerem que as enzimas estudadas estão principalmente envolvidas na mobilização de mananos e/ou galactomananos do endosperma após a germinação. O embrião possuiu reservas que provêem energia para os primeiros eventos metabólicos da germinação. No endosperma, as reservas lipídicas e protéicas não foram acessadas durante o período estudado, mas houve intensa degradação de polissacarídeos de parede celular do endosperma lateral a partir da germinação no sentido estrito. As modificações bioquímicas e anatômicas citadas resultaram na formação de amido transiente no haustório.