Índice de movimentação econômica como indicador do nível de atividade no município de Belo Horizonte, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Ribeiro, Claudiney Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8968
Resumo: Este trabalho teve como objetivo central correlacionar as atividades de movimentação dos agentes econômicos, como o deslocamento de pessoas e cargas, com o nível de atividade econômica no município de Belo Horizonte. Com a utilização de métodos de dessazonalização de séries de tempo e análise multivariada (componentes principais), elaborou-se um indicador síntese de curto prazo, que foi testado juntamente com outros indicadores econômicos tradicionais da economia brasileira. Para os testes, utilizou-se coeficientes de correlação, comparações gráficas, teste de causalidade de Granger, testes de raiz unitária e de co-integração. Especificamente, pretendeu-se detectar a existência de uma relação de equilíbrio de longo prazo entre as séries, verificando a existência de associação entre as atividades de movimentação econômica e o nível de atividade econômica. Os testes de correlação mostraram que o indicador possui uma correlação positiva relativamente forte com outros indicadores de natureza mais agregada (IMEC/FIPE, PIB trimestral do Brasil, de MG e BH) e correlação relativamente menor com indicadores setoriais (produção e vendas reais das indústrias de MG e INA/FIESP). Em termos de comparações gráficas, o indicador apresentou comportamento semelhante ao dos demais indicadores seguindo a tendência de crescimento dos mesmos no período analisado. Para o teste de causalidade de Granger, observou-se que o indicador poderia ser considerado, a priori, como indicador antecedente dos PIB's do Brasil e Minas Gerais, pois contribuiu para a previsão desses indicadores. Todavia, os testes de co- integração sugeriram que o indicador não pode ser considerado, no horizonte temporal compreendido pela análise, como um sinalizador da tendência da atividade econômica para o município de BH, não sendo uma proxy apropriada para medir seu nível de atividade econômica dado que, tanto para as séries mensais quanto para as trimestrais, os resultados mostraram que se aceitou a hipótese nula da não-existência de vetores de co-integração ao nível de significância de α=1%. Este resultado talvez possa ser justificado pelo reduzido número de variáveis que compõem o indicador, o que não possibilitou captar as flutuações econômicas ocorridas no município, principalmente aquelas que estão relacionadas com a movimentação dos agentes econômicos. Portanto, para que se possa inter-relacionar as atividades de movimentação econômica dos agentes com o nível de atividade do município de Belo Horizonte, torna-se necessário ampliar o número de variáveis que compõem o indicador. Neste caso, pode-se inferir que o INAE t não é metodologicamente consistente para ser utilizado em análises sobre a evolução da economia do município no horizonte de tempo compreendido pelo trabalho.