A cultura de segurança do paciente: as singularidades de um serviço hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Toledo, Juliana Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28641
Resumo: A cultura de segurança está relacionada à estrutura da organização e à natureza do trabalho, seus fatores, os processos e os resultados. Ao conceituar a cultura, devem- se considerar os hábitos, as práticas e os costumes organizacionais. Assim, a cultura de segurança é o norteador das práticas e estratégias de ações, focadas nos aspectos que proporcionam melhoria nos indicadores de segurança nos serviços de saúde. Nesse ambiente, todos os profissionais de saúde e os gestores devem estar engajados na realização do cuidado, conforme protocolos de segurança do paciente, estabelecendo um processo de aprendizado contínuo, e mitigação dos eventos adversos. Assim, este estudo teve como objetivo analisar a cultura de segurança na óptica da equipe multiprofissional de um hospital filantrópico, em um município da zona da mata mineira. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo realizado em um hospital de médio porte, filantrópico, localizado na zona da mata mineira. A população de estudo foi N= 500, todos os profissionais do hospital, cenário do estudo. A amostra foi constituída de 191 profissionais. A coleta de dados foi realizada de outubro de 2020 a janeiro de 2021, utilizando o Hospital Survey On Patient Safety Culture (HSOPSC). O instrumento contém nove seções, com 42 itens, estruturados em 12 dimensões da cultura de segurança do paciente, lançados em planilha de Excel Windows 2010 e nomeados em ordem crescente, contemplando até o questionário de número 200. Foram utilizadas frequências e porcentagens simples para tratamento dos dados. A confiabilidade das dimensões foi comparada com os resultados do HSOPC original. O Coeficiente alfa de Cronbach normalmente apresenta variação de 0 a 1, sendo o valor 1 a máxima correlação entre os itens de uma dimensão do questionário. Apesar de pouco comum, o teste pode apresentar valores negativos quando os itens presentes no questionário são negativamente correlacionados (TAVAKOL & DENNICK, 2001). Definiu-se como aceitável alfa>= 0,60, sendo inserido nos resultados o valor de alfa de cada dimensão do instrumento. De forma complementar, foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson para avaliar o resultado do cruzamento das dimensões consideradas frágeis com os seguintes itens abordados nos questionários: Tempo de trabalho no hospital; profissão; ocupação. Todos os aspectos éticos foram respeitados. As dimensões que apresentaram maior índice de respostas positivas foram: apoio da gestão hospitalar para a segurança do paciente, expectativas e ações de promoção de segurança dos supervisores/gerentes, aprendizado organizacional e melhoria contínua. As dimensões com menores índices de respostas positivas foram: resposta não punitiva aos erros, percepção geral da segurança do paciente, adequação de profissionais. Os pontos que necessitam de melhoria foram relacionados à notificação de incidentes, comunicação aberta, trabalho em equipe entre as unidades e passagem de plantão. Os achados destacam-se pelos aspectos organizacionais, de gestão e de engajamento das equipes para estabelecer uma cultura de segurança, no entanto, com aspectos importantes de melhoria. Desta forma, urge a necessidades de as instituições investirem em cultura justa e se tornarem instituições de alta confiabilidade, com ações para minimizar os riscos, criar um sistema que assegure a qualidade dos serviços prestados e que respeite mais a vida humana. Palavras-chave: Cultura organizacional. multiprofissional. Hospital. Erros médicos. Segurança do paciente. Equipe