Avaliação do perfil dietético, estado nutricional e composição corporal de crianças prematuras, ao nascer e com 2-4 anos de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Simplício, Mayla Paula Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2738
Resumo: Crianças nascidas prematuras possuem risco mais alto de déficits de crescimento ao longo de toda infância, quando comparado a crianças nascidas a termo, principalmente quando associado a padrões dietéticos inadequados. Além disso, vem se tornando cada vez mais evidente a relação entre crianças nascidas prematuras e o maior risco ao desenvolvimento de obesidade, hipertensão, diabetes e alterações do perfil lipídico. Portanto, o presente estudo objetivou: a) estabelecer o perfil antropométrico e dietético de Recém-Nascidos Pré-Termo (RNPT) Adequados para a Idade Gestacional (AIG) durante internação após o nascimento, em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou berçário do Hospital São Sebastião, Viçosa, MG; b) comparar o perfil antropométrico da população em estudo com as principais curvas transversais de crescimento intra-uterino da literatura estrangeira e nacional, assim como a uma amostra de Recém-Nascidos A Termo (RNT); c) caracterizar o crescimento e a composição corporal de RNPT-AIG aos 2-4 anos de vida; e d) identificar os fatores associados ao crescimento e à adiposidade de RNPT-AIG aos 2-4 anos de vida. O estudo consistiu em quatro etapas de desenvolvimento, sendo: a) coleta de dados retrospectivos; b) contato domiciliar a família da criança; c) avaliação nutricional, realizada na Divisão de Saúde (DSA); d) avaliação clínica, realizada na DSA. Foi realizada análise multivariada baseada no modelo hierárquico de análise, considerando como variáveis dependentes o z-score de Estatura/Idade, como indicador de crescimento linear, e o z-score de Índice de Massa Corporal/Idade e o percentual de gordura corporal, como indicadores de adiposidade. Foram selecionados RNPT-AIG, com Idade Gestacional (IG) entre 26 a 36 semanas, nascidos entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007. Adicionalmente, um grupo de RNT-AIG (n=29), com IG entre 38 a 41 semanas, nascidos entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007, foiselecionado buscando comparar os dados durante internação após o nascimento de RNPT-AIG. Identificou-se, a partir dos critérios de inclusão, 68 RNPT elegíveis à participação no estudo. Destes, 37 participaram da avaliação nutricional e clínica na DSA. Pôde-se verificar que as crianças nascem apresentando medidas antropométricas conforme o esperado pelas principais curvas de crescimento intra-uterino. Entretanto, os ganhos posteriores são insuficientes e podem afetar de forma importante o prognóstico de saúde destas crianças. Observou-se a necessidade de maior inclusão do leite materno durante todo o período de internação. Aos 2 a 4 anos de idade, constatou-se que as crianças nascidas prematuras apresentaram diferentes padrões de crescimento: de um lado ainda encontra-se a persistência dos déficits, e de outro se encontra a recuperação, com o questionamento da qualidade dos ganhos observados e de suas consequências para a saúde. Identificou-se que quanto maior o grau de prematuridade da criança, maiores foram suas consequências sobre o crescimento e composição corporal. Para o presente estudo os déficits nutricionais identificados demonstram-se aparentemente mais deletérios à saúde da criança comparados à recuperação. O gênero, a escolaridade materna, o peso ao nascer, a idade de introdução de frutas e alimentos sólidos salgados na alimentação da criança, o histórico familiar de obesidade, a atividade física, a identificação de sequelas e o tempo de internação da criança após o nascimento foram os fatores independentemente associados ao crescimento e à adiposidade de crianças prematuras aos 2 a 4 anos de idade.